
Duas sequências diretas ao jogo vieram, mas ao acrescentar novos elementos e tentar conquistar outros tipos de jogadores, não conseguiram o mesmo feito de Sands of Time, e falharam em vendas e crítica. Tanto que o quarto jogo foi um reboot, com visual mais artístico, e fora da saga das areias do tempo, e novamente não conseguiu o sucesso do original de 2003.
Pra se ter idéia da força que o jogo original teve, vale lembrar que a Disney e o produtor Jerry Bruckheimer (de Piratas do Caribe) compraram os direitos da trama e título para uma superprodução de 200 milhões de dólares lançado nos cinemas em 2010 estrelado por Jake Gylenhall e Sir Ben Kingsley, mas as intervenções feitas no roteiro resultaram num filme morno que não garantiram sequências. Então era uma questão de tempo até que a Ubisoft percebesse que deveria voltar às origens do primeiro jogo.

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O príncipe original |
Toda a história não atrapalha a continuação da trama no jogo The Warrior Within, que era até então a verdadeira continuação de The Sands of Time, mas fracassa talvez exatamente pela falta de relevância. O jogo acabou ganhando cotações abaixo das expectativas pelo visual inferior ao original, e por ter um começo bem maçante que não revela nada de novo. Mas é no decorrer que estão as agradáveis surpresas do jogo. Dastan ganha poderes para manipular água, fogo, terra e ar, mesmo que na maioria das vezes seja na forma de ativação desses poderes por um simples botão para enfrentar múltiplos inimigos. Através da adaga ele consegue congelar água, ganhando novos caminhos, e mais pra frente ele consegue acessar caminhos que não existem mais através das memórias da única personagem feminina do jogo, que dessa vez não participa da ação como em Sands of Time, mas já havia aparecido no jogo original. Criado em cima da engine de Assassin's Creed II (tanto que entre os extras está jogar como Ezio), o jogo consegue desta vez mostrar várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, como quando ele está escalando e você consegue ver uma batalha imensa no chão, coisa que não acontecia no primeiro jogo por óbvias questões técnicas.
Com o tempo o jogo vai ganhando ritmo, e termina numa fase que lembra de maneira positiva a primeira fase de God of War 3. Mas a fórmula nunca mais foi a mesma, talvez pela falta da personagem feminina, talvez pela utilização tímida das ferramentas de manipulação dos elementos (que podem ser aprimoradas em próximos jogos) ou talvez pela história que pouco tem a acrescentar e empolgar. Mas torcemos para que eles consigam fazer um jogo onde possamos voltar a nos importar de verdade com as desventuras do príncipe.
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