terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eles têm um plano!



Battlestar Galactica.

Até pouco tempo era só o nome de um seriado que eu ouvira ou lera em algum lugar. Hoje sei que sua história começou longe, ainda em 1978, quando sua primeira versão foi ao ar para logo ser cancelada, ao final de sua primeira temporada. A ideia inovadora angariou fãs, mas os números não a garantiram. Em 1980, ano em que nasci, houve uma nova tentativa frustrada. Entretanto, em 2003, Ronald D. Moore conseguiu emplacar sua releitura da série. Começou como minissérie, sendo continuada por mais quatro temporadas, acabando em 2009.

Como nunca fui grande fã de filmes de naves espaciais, pedi emprestado ao meu companheiro de Liga, Sérgio, a primeira temporada. E, contra todas minhas expectativas, fui convertido a fã da série em poucos episódios. BSG conta a história de um embate milenar entre duas civilizações, a humana e a Cylon (cilônia, na tradução). Os Cylons foram criados pelos humanos, mas evoluiram ao ponto de se rebelarem contra seus criadores. Em um ataque surpresa dizimam as doze colônias da raça humana, sobrando por volta de cinquenta mil pessoas espalhadas em algumas naves sob a tutela de Bill Adama e Laura Roslin. Seu novo objetivo, procurar um lugar que possam novamente chamar de casa (e fugir das investidas dos Cylons).



A partir desse enredo, os roteiristas abordam ao longo dos episódios todas as implicações oriundas de uma micro-civilização em formação: quem manda? Quem julga? Quem obedece? Direitos civis, atentados, honra, fidelidade, respeito, preconceito, religião, são alguns dos vários assuntos abordados, fugindo do lugar comum que seriam apenas batalhas infindáveis (qualquer semelhança com a era Bush NÃO parece ser mera coincidência). Não que não haja ação. O seriado é tenso e voraz, algo ressaltado pela brilhante edição dos episódios. O caráter claustrofóbico gerado pelo interior das naves leva a audiência a se segurar na poltrona até o último minuto do último episódio, quando podemos respirar em paz novamente. A fotografia está sempre no tom certo de cada episódio e o roteiro, por vezes sombrio, é intrincado e desafiador, mas muito bem desenvolvido.

Durante a temporada final de BSG aconteceu uma greve dos roteiristas nos EUA, fato que acabou dividindo essa última parte em dois blocos. A impressão que dá é que isso fez com que eles corressem um pouco com a história no final, para explicar tudo. Gostei de como a série foi finalizada. Lendo na Internet, percebi que o último episódio gerou um pouco de controvérsia. Talvez tenham sido um pouco didáticos demais, já que muito do que transformaram em diálogos já ficara subentendido ao longo da série. Dividido em três partes, o episódio explica tudo, com algumas insinuações interessantes e um final instigante!

Hoje sou o proprietário de uma caixa de colecionador com todas as temporadas da série e afirmo que este é um dos melhores seriados a que já assisti. Embarque na astronave de batalha GALACTICA e viva essa viagem espacial. O prêmio, um lugar que você possa chamar de casa!

SO SAY WE ALL!





Um comentário:

  1. Embora tivesse as temporadas, ainda não havia assistindo a nenhum episódio. As férias do final do ano no pacato interior, me fez criar coragem e começar a assistir a série. E a pergunta que fica é: por que não assisti a essa série antes?? Battlestar Galactica envolve a qualquer um que curte uma trama bem contada e se liga um pouco em política! Fantástica e altamente recomendada!!

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