domingo, 16 de outubro de 2011

Direto da Telona: A Hora do Espanto (2011)

Hollywood sempre renovou filmes baseados em obras literárias, mas de uns tempos pra cá, estão atualizando filmes mais recentes, e que nem mesmo tenham tido algum êxito maior. É o caso dos filmes dos anos 80, geralmente comédias adolescentes e filmes de horror. Na lista destes remakes de horror já estão "Sexta-feira 13", "Hora do Pesadelo" e até mesmo "Halloween", que talvez seja o "pai"do gênero.

Agora é a vez de "A Hora do Espanto"(Fright Night, 2011), no qual o original de 1985 foi dirigido por Tom Holland, que poucos anos depois faria Brinquedo Assassino. O original contava a história do adolescente Charlie que começa a desconfiar que seu charmoso vizinho é um vampiro, que está fazendo uma verdadeira carnificina no bairro, e pede ajuda a Peter Vincent, um velho apresentador de um decadente programa de horror. A nova versão é dirigida por Craig Gillespie, diretor de comerciais que fez seu debut no elogiado A Garota Ideal, e é um dos criadores e diretores da série United States of Tara. O elenco deste remake também traz melhorias significativas, trazendo atores já consagrados como Colin Farrell como o vampirão Jerry, Toni Collette (não por acaso protagonista de United States of Tara) como a mãe de Charlie, e Anton Yelchin (de Star Trek e Exterminador do Futuro: A Salvação) como o protagonista Charlie.

Peter Vincent e Charlie no original
Os principais elementos do filme original estão neste remake, mas há atualizações importantes. O vampiro no original tinha um "escravo" aparentemente humano, que em tempos de "True Blood" não caberia na nova versão, pois a margem para interpretações homoeróticas seria enorme. Os vampiros do original se transformavam em morcegos e lobos, e em tempos de "Crepúsculo" os vampiros são apenas vampiros humanóides com algumas capacidades elevadas, e um limite físico um tanto quanto monstruoso. Outra grande alteração é o do apresentador caça-vampiros Peter Vincente, que deixou de ser o decadente idoso para ser um jovem e famoso ilusionista de Las Vegas, que não é tão charlatão quanto parece em relação a sua fama de caça-vampiros. Entre outros detalhes bem adaptados.


mãe e filho em apuros
Colin Farrell, que foi convidado para o papel após a morte de Heath Ledger, parece se divertir em fazer o vilão noturno, e troca o charme socialmente formal de Chris Sarandon (que faz uma participação irônica no filme) por um sedutor charme de mecânico, que o torna sexual o suficiente pra sustentar a trama com a namorada do personagem Charlie. E outro bônus é o primeiro grande trabalho estadunidense de David Tennant como o caça-vampiros, que deixou a série britânica Dr. Who pra ter um lugar na calçada da fama de Hollywood. E claro que o jovem ator Chistopher Mintz-Plasse (O McLovin de SuperBad), aqui num personagem importante inédito em relação ao original se mostra em evolução e merece, ao menos, o meu respeito e ingresso.

O diretor mostra talento ao criar longas e interessantes tomadas de suspense, sem precisar usar muitos efeitos visuais ou até mesmo especiais (com excessão do sensacional plano sequência no carro).  Do momento que Charlie entra na casa do vampiro Jerry, a câmera o segue tensa por vários minutos sem fazer cortes bruscos, terminando toda a sequência novamente fora da casa, o que favorece o 3D utilizado no filme. Aprenda, Michael Bay!



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