sexta-feira, 22 de julho de 2011

100 BALAS: uma HQ noir pujante



Sempre ouvi falar muito bem da HQ 100 BALAS, mas lê-la nunca foi uma de minhas prioridades. Nos dias atuais somos brindados com uma quantidade tão grande de novidades na nona arte que fica difícil acompanhar a tudo. Infelizmente demorei para por as minhas mãos no gibi... não mais! Comprei semana passada o primeiro volume, reimpresso pela Panini aqui no Brasil. Esperava poder escrever algum parecer sobre a história, mas não aguentei: bastaram duas histórias, pouco mais de 100 páginas para me conquistar.


Roteirizada por Brian Azzarello, que já escreveu títulos de Batman Superman e Hellblazer, sendo elogiadíssimo por um HQ intitulado JOKER (fantástico!!!!), e com arte de Eduardo Risso, argentino de traço firme, não tão preciso, mas de uma beleza característica das obras noir, a série é uma aventura moderna que mistura os estilos noir e pulp, no melhor estilo Tarantino.


A premissa é tentar responder a seguinte pergunta: o que você faria se lhe fosse dada a oportunidade de se vingar de alguém que fez algo que mudou a sua vida completamente? Temos o Agente Graves, que oferece a alguém uma maleta com uma arma, balas que não podem ser identificadas e provas de quem é o culpado pela péssima situação em que a pessoa está. O que fazer é uma decisão do interlocutor.


Somos apresentados a personagens moralmente ambíguos e de virtudes questionáveis. Somos apresentados a um mundo cínico e corrompido, onde assassinatos e assaltos acontecem a todo instante e detetives e investigadores tentam driblar femmes fatales para descobrir o que ocorreu.


No primeiro arco temos uma mulher que acaba de sair da prisão e volta para um mundo onde não quer mais viver, sem seu marido e filho, mortos. Graves lhe mostra quem são os verdadeiros responsáveis pelas mortes. Agora a decisão e dela. A história é pesada e o vocabulário não é indicado para menores de 18 anos. Azzarello nos brinda com grandes diálogos, intensos e pesados, sendo proferidos de forma corriqueira por seus personagens. A estética ajuda na imersão. O segundo, que me apressou a escrever esse post, demonstra que há muito mais por trás das atitudes de Graves, o que me deixou mais curioso pelo que vem depois.


Ainda nas bancas, fica a dica para todos os leitores da LIGA. Só espero que a Panini possa oferecer pelo menos um volume por mês, para que a história continue evoluindo.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Trailer de O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA


Como prometemos na segunda-feira, aqui está o primeiríssimo trailer de O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA (The Amazing Spider-man):



Nele já percebemos que a ideia da SONY é realmente ligar essa nova trilogia ao universo Ultimate da MARVEL. A juventude de Peter ficou evidente na forma como Andrew Garfield aparece na tela. A escolha de Gwen e não Mary Jane também atesta essa impressão. Outra coisa interessante que o trailer entrega, em especial no começo e nas palavras finais: segredos serão importantes para o desenrolar da trama. E, aparentemente, eles envolvem os pais de Parker. Quem já leu a linha Ultimate arrisca alguma coisa? Eu ja tenho minhas ideias...


Detalhe: a sacada da cena em primeira pessoa, onde somos colocados na pele do cabeça de teia, até ver a sua imagem refletida em um arranha-céu ficou bem legal, para essa prévia.


Gostou? Deixe suas impressões nos comentários deste post.

Direto da Telona: Transformers 3 - O Lado Oculto da Lua

Hollywood percebeu há alguns anos que franquias são ótimas para fazer dinheiro. Os anos 80 aparecem como um acidente nessa história toda, porque Star Wars, De Volta para o Futuro e Indiana Jones não foram propriamente concebidos para terem continuações. Não é o caso da cinessérie Transformers. Quando a Disney pediu ao produtor Jerry Bruckheimer que transformasse a atração "Piratas do Caribe" de seu parque numa franquia cinematográfica (milionária de preferência), ficou claro pra todos que idéias absurdas poderiam resultar em filmes aclamados pela crítica e público. De fato o conceito deu certo com o primeiro Transformers, filme baseado em absurdos brinquedos dos anos 80, produzido pelo invejoso Steven Spielberg, e dirigido pelo piromaníaco Michael Bay.

Mas aí veio o segundo filme, e ficou claro que não havia sido planejado nenhuma linha narrativa para filmes posteriores, e que estavam contando apenas com o sucesso do conceito e dos efeitos visuais. Eu pessoalmente gosto de Transformers: A Vingança dos Derrotados, porque entre outras qualidades, tem roteiristas talentosos que adoram brincar com as coincidências em suas tramas (e escreveram o novo Star Trek), e porque até chegamos a nos importar um pouco com os personagens. Nada disso acontece neste terceiro Transformers: O Lado Oculto da Lua.

Este filme começa nos contando que o governo americano correu contra o tempo pra mandar um homem pra lua porque sabia que lá havia algo, no caso um Autobot importante que sumiu durante a guerra de seu planeta. Sam Witwicki (Shia Labeouf mais despirocado que nunca) é o primeiro a perceber que há um plano maior dos Decepticons quando o mundo é invadido por uma horda deles, mas não convence como herói já que o roteiro faz questão de deixar claro que, mesmo formado numa faculdade cara, namorando a segunda gata consecutiva (agora loura), e sendo amigo de robôs alienígenas, ele continua um perdedor sustentado pela namorada super modelo (agora ela não entende nada de motores). A história não melhora com Patrick Dempsey (Grey's Anatomy) vivendo um vilão humano que acha que traindo sua própria raça terá regalias após a invasão alienígena.

Os novos e perdidos personagens
Alardeado de que este novo filme iria recuperar o prestígio da franquia baseado numa idéia de Spielberg, a único coisa que a imprensa falava era da briga entre a atriz protagonista Megan Fox e o diretor (nazista, segundo ela). No final das contas ela foi demitida, o que sem dúvida foi a grande tragédia do filme. O que dá pra entender é que toda a idéia de conspiração governamental pra corrida espacial do homem à lua se perdeu na desastrada explicação da nova personagem feminina. Fica difícil, após dois filmes com Megan Fox (que até pode ter uma atuação medíocre, mas é linda e nos convence de que poderia existir na realidade) acreditarmos que a nova mocinha, a bela e vazia modelo Rosie Huntington-Whiteley é o grande amor da vida de Sam, principalmente porque não temos tempo pra gostarmos da personagem, que nem história própria tem. Na verdade fica difícil entender as ações de todos os personagens deste filme, pois todos parecem ou inocentes, ou loucos, ou à beira de um ataque de nervos, ou suicidas, nenhum deles passa verdade, inclusive o próprio Optimus Prime.

Se for pra culpar alguém, estes são o diretor e o roteirista, dois malucos que dão sorte uma vez ou outra, e só entendem da parte técnica do cinema, e nada da magia de contar histórias. O novo roteirista, Ehren Kruger, deu sorte de ter começado a carreira com o interessantíssimo O Suspeito da Rua Arlington, que no final das contas se provou ser bom mais por conta do elenco, mas mostrou que não serve pra muita coisa com seu desastroso Pânico 3. E o diretor Michael Bay conhecemos de todos os filmes com mega explosões, mas ele vem se revelando um cara cada vez mais militarizado, e com isso machista e homofóbico. Todos os símbolos estão lá.

O veredicto fica para a parte técnica mesmo, como deve ser. O filme rodado em 3D não é um Avatar, mas agrada bastante apesar de pouco inspirado em muitos momentos, e os efeitos visuais chegaram ao ápice da perfeição, ao ponto de não conseguirmos distinguir o que é CGI, animatronic, humano ou uma mistura disso tudo. Pra mim o filme pecou pelo excesso desses efeitos, pois me deu a impressão ao final da sessão que o filme tem muitas cenas caras desnecessariamente, já que não agregaram nada à confusa e irritante trama.

terça-feira, 19 de julho de 2011

THE DARK KNIGHT RISES teaser(!)


Christopher Nolan é um diretor diferenciado. Todos os filmes que compõem a sua filmografia se sobressaem pelo verdade contada através dos seus personagens. Nolan usa (no melhor sentido da palavra) seus atores como marionetes na busca de desvendar um intrincado quebra-cabeça chamado mente humana. É assim em seu curta DOODLEBUG (1997), em THE FOLLOWING (seu primeiro longa, de 1998), e principalmente em AMNÉSIA (2000), onde a mente do personagem de Guy Pearce brinca de gato e rato na nossa frente.

Em 2005 o diretor assumiu a tarefa hercúlea de reavivar uma das franquias de um herói que é o próprio estereótipo de sua obra: BATMAN. Com BATMAN BEGINS (2005) ele mostrou a profundidade do personagem. Descansou um pouco a cabeça da vida do homem-morcego com O GRANDE TRUQUE (2006), obra prima cinematográfica, que mostra os números de ilusionistas como uma metáfora do cinema. Em 2008 nos brinda com o fantástico BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS, onde guiou Heath Ledger para a melhor leitura de todos os tempos do vilão Coringa: uma mente insana, guiada pela necessidade de ajudar todo mundo a enxergar o que possuem de mais negro dentre de si próprios.

A viagem continuou em A ORIGEM (2010, novamente férias do detetive de Gotham) que invade a mente humana e desbrava os sonhos e os segredos neles escondidos. Mas, como todo super-herói que se presa no cinema não sobrevive sem a palavra trilogia, Nolan voltou para completar sua obra em Gotham City.

Semana passada vazou uma gravação de alguma tela de cinema do primeiro teaser de THE DARK KNIGHT RISES, com data de estréia no ano que vem. Nolan bateu o pé que o trailer foi idealizado para ser visto primeiro nas telonas, e a Warner Bros. não liberou a prévia online... até ontem! Assista e fique com gostinho de quero mais:



Como as prévias dos filmes anteriores do homem-morcego, o teaser é curto e direto. As falas do Comissário Gordon delineiam o tom do filme. A cena final, com a feição de medo(!) de Batman frente ao que parece ser Bane confirma o que dizem as legendas do teaser: chegamos a uma conclusão épica! O diretor brinca com a ansiedade do fã... com a mente do fã... Nolan não mudou, continua intrigado com os nossos pensamentos, rs.

Gostou do que viu? Confesso que queria mais, como alguma imagem da Mulher-Gato, que estará no filme... mas é um começo. Esperemos o primeiro trailer, desse mago da psiquê humana.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O Espetacular Homem-Aranha


Com a proximidade da Comic Con, que começa nessa semana, o mundo da cultura pop entra em alvoroço. Todos sabem que esse é o momento do ano em que as grandes do cinema mostram os(as) primeiros(as) trailers/esboços/entrevistas de suas grandes produções vindouras. Esse ano, um dos filmes mais aguardados para julho de 2012 teve anunciado seu primeiro trailer para esse evento. Estamos de falando de O ESPETACULAR HOMEM-ARANHA (The Amazing Spider-man).

O reinício do teioso na telona, agora sob a tutela de Mark Webb (apropriado, já que WEB em inglês siginifica teia, rs), tentará repetir o sucesso da primeira trilogia,comandada por Sam Raimi e estrelada por Tobey Maguire (Peter Parker) e Kirsten Dunst(Mary Jane). Agora temos Andrew Garfield (o Eduardo de A REDE SOCIAL) vivendo o jovem estudante que, picado por uma aranha, desenvolve "capacidades" características do aracnídeo. No lugar da mocinha, sai Mary Jane e entra Gwen Stacy, que apareceu na trilogia de Raimi somente no terceiro filme. A loira será interpretada pela bela Emma Stone (que podemos ver chutando traseiros zumbis em ZUMBILÂNDIA).


A trilogia do atirador de teias, ao lado de X-MEN, pode ser considerada uma das precursoras dessa febre de adaptações de qualidade para o cinema. As visões de Raimi (HOMEM-ARANHA 1, 2 e 3) e Bryan Singer (X-MEN 1 e 2) em seus filmes levou milhares aos cinemas, fãs e leitores de HQs junto com o público que se interessa por uma boa aventura bem contada.

A necessidade da SONY, detentora dos direitos do herói aracnídeo, de desenvolver pelo menos 1 filme a cada número máximo de anos (estipulado em contrato) fez com que essa, quando ouviu o "NÃO" de Raimi e de seus atores para retornar para um novo filme, correr atrás de outro diretor e outra ideia. Ao que tudo indica, essa nova leva de filmes terá por base muito mais do universo Ultimate da MARVEL, onde o personagem possui algumas mudanças, a começar pela idade. Na semana que passou a Entertainment Weekly trouxe diversas fotos da produção, bem legais. Podemos ver o novo uniforme (muito bonito), os lançadores de teia (que agora são mecânicos) e imagens de Emma Stone loiraça e Tio Ben e Tia May (sim, é provável que vejamos o tio morrendo... NOVAMENTE!!!!). Vale como aperitivo, mas fique ligado aqui na LIGA, pois assim que o trailer estiver disponível, iremos postá-lo. Torçamos para que a SONY continue bem o trabalho competente de Raimi e possa estar à altura das produções dos outros heróis da MARVEL, cada vez mais interessantes (nesse mês teremos CAPITÃO AMÉRICA!!).


domingo, 17 de julho de 2011

Nosso bruxinho favorito: PARTE 7.2 - O fim


Fenomenal! Essa é a melhor palavra para iniciar o último post sobre a saga Harry Potter. Nosso amigo Cylon Thirteen conduziu de maneira ímpar essa semana, falando sobre os livros e filmes que nos levam a esse final. Final. The end. Palavras que custam a ser escritas pois nosso desejo é que essa história continuasse a ser escrita. Confesso que demorei para escrever o post pois estava processando todas as informações e mais que isso, a perda dessa fase que faz parte de todos que gostam de literatura e cinema fantásticos.

Em Vancouver, como em todos os cinemas do mundo, acredito eu, uma longa fila de formou 10 horas antes da primeira sessão, 00:01 do dia 15 de julho, com pessoas vestidas como seus principais personagens, aguardando ansiosamente o início do fim. Alguns podem chamar isso de exagero, mas compreendo que para alguns fãs, se sentir parte de uma das casas, é especial. E visitando o The Wizarding Word of Harry Potter, posso dizer que comprendo mais ainda! Você realmente se sente aluno da Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa ou Corvinal!

Voltando ao filme - e tentarei escrever com menos spoiler possível - temos um início que retoma o final da Parte 1 e daí por diante, apesar da tristeza de Harry, somos levados junto com ele à busca das Horcruxes faltantes. Vamos então à Gringotes, cuja entrada e saída são uma grande aventura, e após isso, finalmente nosso trio de heróis precisa voltar à Hogwarts.








Nesse retorno, somos brindados com um fantástico enfrentamento entre a Professora Minerva e Severo Snape - um prenúncio do que virá. Com a ajuda de amigos, Harry consegue recuperar e destruir as Horcruxes que foram feitas com símbolos das casas. Harry sente a cada Horcruxes destruída que Voldemort está ficando mais vulnerável, e usa a sua conexão com o Bruxo das Trevas, para descobrir mais uma Horcruxes - a cobra Nagini.


Ao ir atrás do bicho de estimação de Voldemort, Harry obtém uma importante informação, e vê a morte de um importante personagem. Esse personagem, através de suas lembranças, faz importantes revelações à Harry. Toda essa sequência, registra a parte mais emocionante do livro e do filme. Pode preparar o lenço, pois pra quem está envolvido com a história, dificilmente irá segurar as lágrimas.





Harry descobre então, a última Horcruxe, e sabe que deverá enfrentar finalmente, o Lord das Trevas. Antes desse auto-sacrifício, acompanhamos junto com Harry, a destruição que os Comensais da Morte deixaram na escola, e vemos que muitos amigos importantes, tombaram nessa batalha!

Desse momento até o final, o diretor David Yates, nos oferece belíssimas sequências de coragem, amizade e comprometimento com o bem! Finalmente vemos que a poderosa Belatriz não é páreo para uma mãe que faz de tudo para proteger seus filhos e Voldemort, não é tão poderoso, apesar de todo o mal que causou ao mundo bruxo. Harry enfim, pode sossegar pois sua cicatriz já não arde mais.

O epílogo do filme, retrata com fidelidade - e claro, não em todos os detalhes - a parte final do livro. Voltamos a plataforma 9 3/4 onde Harry e sua esposa se despede de seu filho e sua sobrinha. A câmera se fecha em nossos três personagens e damos adeus, aos nossos amigos de muitas aventuras!




É certo que a história continuará encantando milhares de leitores e os filmes, divertindo a muitos, mas esse momento "mágico" de assistir ao filme no cinema, é um momento único! Não perca essa chance! Você irá se emocionar e se divertir!