sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como transformar um jogo em imortal




Acho que posso afirmar, sem medo de errar, que todas as pessoas que se interessam de alguma forma por games já ouviu falar alguma vez a frase GET OVER HERE. Sim, estou me referindo à Scorpion e seu golpe mais famoso em MORTAL KOMBAT. Pois bem, o último jogo da franquia surgiu com o intuito de dar fôlego às Crônicas de Raiden, Liu Kang e cia. E não é que conseguiu.


Procurando se afastar do caminho desastroso tomado, que fez com o jogo perdesse o interesse a cada nova versão, esse novo game possui um diferencial inusitado: a possibilidade de jogá-lo no formato história. E essa escolha se mostra extremamente acertada, para recordar nos mais antigos o que nos atraiu no jogo e criar nos mais novos certa cumplicidade com os personagens que torna o jogo muito mais do que uma série de lutas em que só queremos vencer para poder usar um novo FATALITY.


Não que isso também não seja um dos atrativos...


Mas além dos fatalities, nesse jogo temos algumas outras boas possibilidades: os X-RAYS! Após acumular uma barra de energia, se não for defendido, o seu personagem distribui golpes em camera lenta que visualizamos como se fossem num raio-X. São ossos que se quebram, vômitos no meio da tela e objetos pontiagudos perfurando o seu oponente no melhor estilo Mortal Kombat.



São muitos personagens: Baraka, Cyrax, Ermac, Jade, Jax, J. Cage, Kabal, Kano, Kitana, Kung Lao, Liu Kang, Mileena, Nightwolf, Noob Saibot, Quan Chi, Raiden, Reptile, Scorpion, Sektor, Shang Tsung, Sheeva, Sindel, Smoke, Sonya, Stryker e Sub-Zero. Como um plus (e que plus) Cyber Sub-Zero pode ser destravado durante o modo história, além de Skarlet e Kenshi como personagens DLC (para download). E os donos de PS3, amantes da série God of War, poderão se deliciar com Kratos entre os lutadores.
Achei muito legal poder aprender como cada personagem tomou a forma que possui, como por exemplo quando Jax perdeu os seus braços. Além disso, os cenários remetem aos primórdios, lá na primeira versão do jogo, que me lembro de jogar em um Pentium...


No modo combate, a diversão continua a mesma, sendo especialmente legal poder fazer torneios com amigos. A utilização dos golpes finalizadores continua muito legal. Diversão garantida! Não espere mais: vamos à luta...

ROUND 1... FIGHT!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O inverno está chegando...



A GUERRA DOS TRONOS (A Game of Thrones) é o primeiro livro da série As Crônicas de Gelo e Fogo, do escritor americano George R. R. Martin. A semelhança entre este e o autor de O Senhor dos Anéis não fica só no nome carregado de Rs. É um mundo fantástico, onde reis e rainhas, guerreiros e assassinos, e até até mesmo bastardos vivem um jogo de traição frequente, buscando sempre controlar o trono de ferro.

Oriundo da TV, o autor sempre ouvia dos produtores que seus roteiros eram muito "populados" e que exigiriam um grande aporte financeiro. Cansado de ter que enxugar seus textos, resolveu se dedicar aos livros, onde a imaginação pode fluir de forma mais livre. E a escolha se mostrou acertada.

Galgado na política entre as diversas casas, suas alianças e desavenças, grande parte deste primeiro livro é descrita em um mundo muito próximo do que foi a Idade Média Européia. Cavaleiros defendendo sua honra e a de seus lordes, donzelas em busca de bons casamentos delineiam grande parte da ação. O sobrenatural aparece quando se fala de um muro de gelo, famoso por separar o mundo "humano" do que é etéreo e inumano. É guardado por um bando de renegados, que aceitam o posto temeroso muitas vezes em troca de escaparem de alguma pena que receberam por seus crimes.

A escolha do autor por trabalhar diferentes personagens para narrar os acontecimentos de cada capítulo se mostra muito acertada e torna o livro extremamente atraente e a leitura fluída. Quando podemos visitar os pensamentos de cada personagem em separado, fica mais fácil de nos relacionarmos com os mesmos e, quase sempre, entender suas atitudes. Torcemos por nossos preferidos, mas não colocamos em suas testas definições do tipo "BOM" e "MAU".

Temos Eddard e sua honra, tentando tomar as melhores decisões como conselheiro do rei; Sansa e Arya, com objetivos de vida e visões de mundo bem diferentes; Catelyn, desteminda e, ao mesmo tempo, incapaz de perdoar o fruto de uma indiscrição de seu marido; Tyrion e sua inteligência aguçada; Jon, que com sua coragem tenta provar que é digno do pai que tem; Daenerys, obrigada a crescer em meio do desejo do irmão de retomar uma majestade perdida; Bran e sua visão de criança frente a um mundo de intrigas; todos, ao seu modo, ajudam a narrar os acontecimentos.

De forma bem intrincada, Martin sempre nos deixa com o gosto de quero mais ao final de cada capítulo. Queremos saber mais sobre aquele personagem, para no instante seguinte nos interessarmos por um novo ponto de vista da história.


A coleção ainda está em desenvolvimento, sendo que o quinto livro (de, possivelmente, 7) saiu a pouco tempo nos EUA. Vencedor de muitos prêmios, teve um seriado desenvolvido pela HBO, cuja primeira temporada acaba de terminar, já com a segunda garantida.

Não assisti muito do programa, que já é transmitido aqui no Brasil também, mas sendo uma produção HBO é difícil duvidar do bom gosto/desenvolvimento da série. Além disso, o grande elenco, capitaneado por Sean Bean (Boromir em Os Senhor dos Anéis) e Lena Headey (a mulher de Leônidas em 300), promete uma série à altura da literatura que a inspira.

Quanto ao livro, posso dizer que gostei muito do primeiro. Pretendo começar o segundo rapidamente e saber mais da história desse povo dos Sete Reinos.

Fica a dica da LIGA para todos os nossos leitores: não percam essas duas ótimas fontes de entretenimento.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Your mission, should you choose to accept it...



Olá leitores da LIGA!

A partir de agora a sua missão, caso você aceite, é ler esse post, assistir ao trailer de MISSION: IMPOSSIBLE - GHOST PROTOCOL e não ficar empolgado com o novo filme da franquia estrelada por Tom Cruise. Com produção de J.J. Abrams (LOST), que dirigiu o terceiro filme da série, e direção de Brad Bird (Os Incríveis, Ratatouille), o filme irá apresentar o ator com o qual a Paramount pretende substituir o agente Ethan Hunt: Jeremy Renner.

Cruise seria uma espécie de mentor do novo agente, que daria continuidade nos cinemas à fraquia. É ver para confirmar.

O trailer vazou na semana passada, com péssima qualidade, tendo sido gravado de uma sessão de TRANSFORMERS 3. O audio era em francês e, mesmo não sendo oficial, fez sucesso na rede.

Agora disponibilizado oficialmente e em boa qualidade, traz ação do começo ao fim. Os agentes da equipe de Hunt são informados de que o tal Ghost Protocol do título foi ativado. E que eles estão na mira da ação.

Confira:


Gosta da série? O que espera desse novo filme?
Deixe o seu comentário...

terça-feira, 28 de junho de 2011

A garota da tatuagem de dragão



A trilogia de suspense policial MILLENNIUM já vendeu milhões de cópias ao redor do mundo, angariando um séquito de fãs. Como todo livro que faz sucesso, não demorou muito para que fosse adaptado para os cinemas. As adaptações foram executadas em seu próprio país de origem e tiveram uma recepção morna por parte da crítica.

OS HOMENS QUE NÃO AMAVAM AS MULHERES é inspirado no primeiro livro da série e conta a história de um jornalista que, condenado por acusar sem provas um figurão sueco em uma de suas reportagens, aceita investigar um caso de sumiço de quase 40 anos em uma ilha. Paralelamente a isso, acompanhamos a história de uma hacker, com um passado/presente obscuro, que, muito inteligente, se interessa em ajudar o jornalista.

Não li o livro, mas tive assessoria enquanto assistia ao filme (thank you, Honey!) e pude comparar os dois, entender melhor a história e relacionar o que foi adaptado. Gostei do filme. Na verdade, gostei muito da história, que tem uma temática extremamente pesada. Algumas cenas foram criadas com crueza e exatidão. Muitos críticos consideraram a transposição simplória e truncada. Sinceramente, não senti isso. Talvez o filme seja um pouco extenso demais, mas nada que incomode.

Confabulando com a minha assessora-leitora, a montagem foi bastante fiel ao livro, procurando retratar todos os acontecimentos do livro. Noome Rapace tem uma beleza no mínimo exótica e, "enfeiada" de propósito, transmite a estranheza peculiar a sua personagem. Sua atuação segura transborda da tela principlamente em determinadas cenas sexuais extremamente fortes.


O que me inspirou a assistir esse filme foi a notícia de que uma nova adaptação estava a caminho, agora nas mãos de David Fincher. E a divulgação do primeiro trailer/teaser trouxe à tona algo já esperado: a história tem o nome do diretor escrito. E com todo o seu estilo e a parceria com Trent Reznor, que já fez uma trilha brilhante para A REDE SOCIAL, esse filme tem tudo para decolar e gerar os demais filmes também em Hollywood.


Um ótimo filme policial, fica a dica para os que nos acompanham aqui na Liga.


Assista também ao trailer de Fincher, e fique ansioso como nós...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A nova Liga da Justiça

Confesso que sempre preferi a MARVEL à DC. Os heróis que mais me interessavam na casa do Superman eram, ao meu ver, deixados de lado (Lanterna Verde, Flash, Aquaman). Entretanto o desenho da Liga da Justiça sempre foi uma constante nas minhas manhãs de TV.

Desde que Geoff Johns tomou as rédeas da DC, a estrutura narrativa da mesma começou a engrenar. Numa clara tantativa de apagar todos aqueles mundos paralelos, ele soube trazer à luz (e com brilhantismo) a ideia de diversas tropas de Lanternas, criou grandes arcos de história para o Flash e agora coordena a reformulação de todos os títulos da DC.

Pois bem, dentre as 52 novas revistas de reformulação, está a da Liga da Justiça, que o próprio Johns tomará conta, como roteirista, ao lado de Jim Lee nos desenhos. Foi divulgada, nesse final de semana, a primeira imagem da nova formação da equipe. E ela foi óbvia e interessante.


Uniformes renovados à parte (calça para a Mulher-Maravilha, uma tendência entre as heroínas e vilãs nessa nova era, além do sumiço da cueca sobre a calça de alguns personagens masculinos), é uma equipe que, com o perdão do trocadilho, parece que vai dar liga...

Agora é esperar para ver, mas se levarmos em conta a obra do roteirista, algo de bom vai surgir... E isso pode ser muito positivo para um possível filme da equipe, na esteira do filme time da MARVEL, Os Vigadores, que chega às telas no ano que vem.

Quer saber mais sobre a reformulação da DC? Acesse aqui.

domingo, 26 de junho de 2011

EX MACHINA e o mundo depois do 11/09







Fade in...



Não é novidade falarmos das contribuições de Brian K. Vaughan à Nona Arte aqui na Poltrona. Depois de Y e Leões de Bagdá, chegou a vez de EX MACHINA. Iniciado em 2004, esse HQ nos conta a história de Mitchell Hundred, um nova iorquino que após um evento bizarro passa a "conversar e comandar" máquinas. Após um primeiro momento, em que se intitula The Great Machine e veste um uniforme para combater o crime, se candidata a prefeito da Big Apple e a vence graças a sua maior vitória enquanto herói: salvar uma das torres gêmeas no atentado terrorista de 11 de setembro. Corajoso o roteirista, não?



Metade sobre um herói voador, metade discussão sobre diversos aspectos políticos de NYC (e, por que não, política moderna geral), Vaughan faz uso de flashbacks para nos mostras o que foi a vida de Hundred como o The Great Machine e quais os seus novos desafios como prefeito. Há uma gama enorme de personagens instigantes e muito bem construidos e desenvolvidos, que nos mantém interessados ao longo de todos os 50 números do Gibi. A arte de Tony Harris e ótima e traz a Nova Iorque real para as páginas de maneira mais vibrante do que qualquer outro antes.



Indagado em algumas entrevistas do que o inspirou em sua criação, Vaughan, nova iorquino residente na cidade na época do atentado, respondeu que após assistir à queda das duas torres do terraço de seu apartamento, ele queria, de alguma forma, escrever sobre o episódio. Mais do que isso, queria externar o sentimento do nova iorquino com relação ao ocorrido. Além disso, para ele era interessante mesclar o mundano com o fantástico e, em EX MACHINA, o político virou o fantástico enquanto as situações de Hundred, enquanto herói, são o mundano.



E é essa a realidade que a HQ nos mostra. Idealismo, vingança, injustiça, trapaças, enlaces políticos, tudo lá. Claro que existe toda a ficção típica de uma história de super heróis e, para usar como exemplo um outro projeto do qual Vaughan participou, nem tudo é respondido de forma didática, como muitos leitores gostariam, como ocorreu com LOST. Mas como leitor assíduo de HQs, e em especial da obra de Vaughan, essa é uma das características que mais me atraem no seu trabalho: a capacidade de aguçar nossa imaginação, nos desafiando a entender/enxergar além do que está escrito/desenhado.



Recomendo a todos, que gostam da nona arte, a leitura deste comic book. Aqui no Brasil ele tem saido na forma de encadernados, sendo facilmente encontrado em quase todas as bancas de jornal. Boa Leitura.



Fade to black.