sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Vida Como Uma Colcha De RETALHOS...


O final do ano está chegando.

Em uma época em que dar e receber presentes é tão comum, fica uma dica: RETALHOS, de Craig Thompson. Sim, é um ótimo presente e sim, é uma HQ.

Eu sei que muitos torcem o nariz quando se trata da Nona Arte, lembrando apenas de histórias em quadrinhos de super-heróis da Marvel e da DC ou da Turma da Mônica, de Maurício de Souza. Eu, particularmente, gosto muito destes citados, mas as HQs que realmente “capturam” a minha imaginação são as com textos originais. E RETALHOS é uma dessas.

Craig Thompson conta sua jornada de crescimento em uma cidadezinha de Wisconsin, no centro dos EUA. Suas dificuldades em lidar com questões religiosas e amorosas e sua crescente inclinação para retratar situações através do lápis e papel, com seus desenhos, são magistralmente descritas em quase 600 páginas na versão nacional.

Impressionam a beleza de seus traços (vide capa) e a singeleza com que detalha ambientes e situações, deixando que as figuras “falem”. E essa é a qualidade dos quadrinhos que me fascinam: a capacidade de uma imagem carregar mais do que mil palavras!

A HQ, ganhadora de diversos prêmios pelo mundo afora e elogiada por grandes ícones da área, foi trazida ao Brasil pela Quadrinhos Na Cia., selo da Companhia Das Letras voltado exclusivamente à publicação de álbuns em quadrinhos. Muita LITERATURA boa esperando por você. Peça de presente ou dê de presente, mas não deixe de conferir.


"Comovente, delicada, com desenhos maravilhosos e sinceridade dolorosa, pode ser a graphic novel mais importante desde Jimmy Corrigan."

NEIL GAIMAN

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Direto da telona: Megamente

O pôster sátira a Obama
Desenhos animados são feitos para vender brinquedos para crianças, certo? Não mais apenas para isso. Só assim para explicar como executivos autorizam a produção de longas animados como "Megamente" (Megamind, 2010) da Dreamworks. Estamos acostumados ao estilo Disney de desenhos animados, onde inicialmente existe uma história com um bom ponto de partida pra vender o filme e produtos. Histórias complexas, difíceis de serem contadas, são área para filmes adultos, e a animação adulta está se ampliando, ano que vem até teremos uma animação brasileira falando sobre a ditadura.
"Megamente" tem um ponto de partida simples, onde dois alienígenas caem na Terra, e desde pequenos se tornam inimigos, um se tornando o super herói Metroman (voz de Brad Pitt no original), e o outro, um vilão cabeçudo e feio, o Megamente (voz de Will Ferrell), e então teríamos um filme sobre um super herói salvando a cidade e as pessoas do vilão feioso. Mas a Dreamworks foi além, e seguindo uma tendência de mercado, resolveu que o protagonista do filme era o vilão, e não o mocinho. Até aí tudo bem, pois "Meu meu malvado favorito" fez o mesmo, amolecendo o coração do vilão pra resolver o problema da maldade. Mas "Megamente" tinha um fator complicador que dificultou até mesmo a divulgação do filme, que teve os primeiros trailers sem contar como realmente a história funcionaria.
Logo no começo do filme, Megamente, em mais um de seus planos pra dominar a cidade e destruir Metroman, mas tão atrapalhado e carismático quanto o Coiote querendo pegar o Papaléguas, para surpresa total, consegue matar Metroman! Mas logo, a farra de dominar a cidade se torna um tédio, e ele percebe que precisa de alguém para combater. É quando o filme mostra a que veio, e Megamente tenta criar um novo super herói pra cidade, mas ele mesmo acabará tendo que virar um. Não é a primeira vez que uma história com tantas reviravoltas e camadas aparece numa animação. "Carros" tinha uma trama bastante adulta, lembrando um drama de western, mas como solução, colocaram automóveis como personagens
Apesar de uma história atípica, mas muito prática e divertida, o filme deve conseguir vender brinquedos e agradar as crianças, além dos adultos. Este é mais um longa da Dreamworks feito e pensado em 3D (ao contrário dos longas da Pixar até então), o que torna a experiência mais profunda e agradável (sem que coisas precisem pular em sua direção).


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mares de Sereias: esse é o nosso caminho!

Saiu o primeiro trailer do novo filme da franquia Piratas do Caribe: Navegando Em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides). E devo dizer que ele me supreendeu.

Estava com a sensação de que a franquia já tinha se esgotado com a primeira trilogia. Além disso, a falta de Orlando Bloom e Keira Knightley me parecia irremediável. Parecia...

O trailer é dinâmico e dá uma boa idéia da história e do que esperar de Jack Sparrow e Cia. Johnny Depp continua hilário no papel do “Capitão” Jack, demonstrando o quanto gosta de viver esse personagem. O acréscimo de Penélope Cruz parece ter sido um acerto e Ian McShane demonstra disposição para assustar como o pirata Barba Negra.

O tema não podia ser mais apropriado: a fonte da juventude promete rejuvenescer a franquia.

Confira:



Gostou? Deixe seus comentários... e que venha 2011!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

EU SOU O BATMAN!

BATMAN: ARKHAM ASYLUM (2009) é um dos melhores jogos que já joguei!

Simples assim.

Além de contar com um roteiro extremamente bem costurado e instigante em todos os seus detalhes, nos oferece, finalmente, um bom jogo do Homem-morcego, respeitando sua tradição nas HQs. Os avanços tecnológicos do PS3 (console em que joguei) ajudam a criar um ambiente para a penitenciária de Gotham City na medida certa: escuro e sinistro em seus intermináveis corredores e celas, mas também tenso em suas áreas abertas, onde a sensação de estar sendo vigiado só é esquecida por você saber quem é: BATMAN!

Basicamente, após aprisionar o Coringa (voz de Mark “Luke Skywalker” Hamill) novamente, o Cavaleiro das Trevas se vê obrigado a invadir Arkham quando o palhaço começa uma rebelião e se vê à mercê de vários de seus maiores inimigos. Contar mais só estragaria as surpresas que funcionam tão bem para o jogador.

A jogabilidade impressiona, sendo muito simples comandar o herói e utilizar todos os seus armamentos. Ser furtivo é o que mais interessa em alguns momentos e isso não foi esquecido pelos desenvolvedores: o modo detetive é muito legal e acrescenta muito na dinâmica do jogo. Você realmente incorpora o vigilante de Gotham.

O design dos blocos da prisão, os mapas a serem descobertos e utilizados, a ajuda da Oráculo, sempre presente, tudo ajuda na imersão e na diversão. Alguns momentos se tornam antológicos, como o enfrentamento com o Crocodilo nos esgotos e as batalhas psicodélicas contra o Espantalho. Além disso, os capangas espalhados pela prisão e os desafios geográficos também somam à dificuldade do jogo.

Outro ponto a ser ressaltado: Kevin Conroy entrega uma dublagem do Batman perfeita, reprisando o que já fizera em diversas animações do Homem-morcego. Longe daquele exagero gutural que, por vezes, incomoda nos dois últimos filmes do Cavaleiro das Trevas (vivido por Christian Bale) é a voz que o herói deve ter.

Batman: Arkham City, a continuação do jogo, já vem por aí, em novembro de 2011. Um trailer, revelado há poucos dias, promete um jogo tão bom quanto o primeiro. A expectativa é grande! Afinal de contas, Batman é o herói mais “comum” que conhecemos, sem poderes, e portanto, o mais fácil de personificarmos. Quem, que quando assiste a um filme do herói, não se imagina respondendo a um dos criminosos quando este pergunta:

- Quem é você?

- EU SOU O BATMAN!

É a sua chance. Bom jogo...


Filme Brasileiro bom de ver!

Surpreendente. Essa é a palavra que melhor define “Amor por Acaso” (Bed & Breakfast – Brasil/EUA,2010) dirigido e produzido pelo ator Marcio Garcia que se enveredou agora pela direção de um longa metragem.

Foi até curioso como acabei no cinema assistindo ao filme, que estava na minha vasta lista de filmes à assistir.

Acompanho o Marcio Garcia no Twitter e tenho visto o seu envolvimento com a produção. Claro que tinha que conferir o filme, mas não era minha intenção assisti-lo ontem.

Com o dilúvio em São Paulo, acabei parando no Shopping e resolvi ir ao cinema, afinal, entre ficar parado no trânsito e curtir um cinema, prefiro a segunda opção.

A idéia original era assistir ao filme catástrofe Skyline – A Invasão (já que meus companheiros de blog não mostraram uma vírgula de interesse em assistir), mas tinha apenas sessão dublada. Já dizem que o filme não é grande coisa e ainda dublado? Refuguei. Foi aí que vi que tinha sessão de “Amor por Acaso”. Curioso foi a atendente me dizer: “É nacional!” E qual o problema do filme ser nacional? Mania que temos de desprezar as coisas de nosso país! Curiosidade: 90% do filme é falado em inglês! E Juliana Paes manda muito bem no inglês!

Pois o filme começou e já me agradou pela trilha sonora. Bem cuidada, com músicas que retratam o que estamos vendo na tela. Nada exagerada e eclética, já que mistura duas culturas. No início do filme somos apresentados a Jake Sullivan (Dean Cain, o super-homem da série de TV Lois & Clark – As novas aventuras do Superman). Um cara tranquilão, recuperando-se da separação de uma atriz com quem casou em Las Vegas. Logo em seguida, vem o núcleo brasileiro liderada pela maravilhosa Juliana Paes. Ela faz Ana Vilanova, supervisora de uma loja de departamento que tem como chefe o afetadíssimo e engraçado Rodrigo Lombardi.

Após perder o pai e ganhar uma “senhora” dívida, Ana fica sabendo que recebeu de herança de sua avó, uma casa na California, mas que a mesma está sendo transformada em pousada (daí o nome do filme em inglês) por Jake. Afim de resolver a situação de uma vez por todas, ela vai até os "States" para tirar a propriedade de Jake, vendê-la e solucionar a pendenga financeira.

Na verdade, essa comédia romântica é despretensiosa desde o começo e o final previsível logo se mostra na tela. O legal é ver como ele se dá.
Não vou florear o filme dizendo que é maravilhoso e tal, mas ao que se propõe, ele atende e bem – uma história romântica leve e tranqüila de assistir.

Se muitos reclamam que no Brasil só se faz filmes violentos ou com muita pornografia, com certeza outros tantos reclamarão do filme de Marcio Garcia dizendo que ele é ingênuo. Não dá pra agradar a todos.

Outros tantos ficarão incomodados com o merchandising após a conclusão da história entre as finalizações. Mas não se esqueça que o filme é independente e foi feito sem leis de incentivo.

Vale a pena conferir.



Percy Jackson... O Ladrão de Continuação!

Desperdício. Essa é a primeira palavra que vem a mente quando falamos de "Percy Jackson e o Ladrão de Raios". Outro bom e divertido livro que tinha tudo para ser outra franquia bem-sucedida nas telonas, mas que Hollywood fez o favor de estragar. E não melhora da segunda vez. Assisti ao filme para escrever esse post e realmente é lamentável o que fizeram com o livro de Rick Riordan. Mas antes de continuar "descendo a lenha" como alguns possam estar a pensar, vamos esclarecer as coisas e justificá-las.

O livro do professor de história e inglês que acabou fazendo sucesso no mundo todo, traz uma mistura nada convencional de mitologia grega, algo que para muitos é apenas história velha e enterrada, para os dias atuais! O autor traz para o cotidiano do século XXI deuses, semi-deuses, heróis e monstros mitológicos. A imaginação corre solta e devido a maestria que um professor de literatura deve possuir, Riordan descreve esse mundo imaginário misturado com o real de maneira a torná-lo visível e crível! Os detalhes do Acampamento Meio-Sangue, sua ida ao mundo inferior e do próprio Olimpo! O livro termina num crescente tão incrível que fica quase impossível você não ler o primeiro capítulo disponível no fim do volume um. Méritos de um autor que tem a história completa em sua cabeça e sabe puxar o seu leitor para que continue preso ao seu texto.

Por outro lado, o roteirista Craig Titley (Scooby Doo e Doze é Demais!) com toda certeza, não leu o livro e pior, não sabia da existência de outros livros! Penso ainda que talvez a FOX (A mesma de Eragon! Será coincidência?) chegou para Chris Columbus (diretor de Harry Potter e a Pedra Filosofal e de - como pode - Rent!) e disse: "Tem um livro aí que tá fazendo sucesso que mistura mitologia grega e tal e queremos fazer um filme antes da Warner. Mas só queremos fazer "1" filme! Ganhar um dinheiro e engavetar o projeto. Por isso, faz um filme meia-boca, sem gastar muito e vamos ver o que dá! Chama um roteirista que você conhece e pede pra ele colocar só o básico do básico no filme tá!".
Eis que então, temos um dos maiores desperdícios de roteiro adaptado desse ano no cinema. Mesmo com nomes como Sean Bean, Pierce Brosnan, Rosario Dawson e Uma Thurman o filme é muito fraco!
Cenas legais como a descoberta de que Percy é filho de Poseidon foram cortadas (no livro ele chega ao acampamento sem saber quem é seu pai) e todo o mistério e desconforto dos meio-sangue em relação a paternidade é pouco explorado. Aquela "dor" toda que Poseidon demonstra no filme por ter se afastado do filho, não é exatamente o que vemos no primeiro livro. E para completar, limitar a história na busca do raio de Zeus é de um erro gigantesco se havia a intenção de fazer outros filmes.

Agora a maior e imperdoável mudança na história é a troca do vilão! Hades não é o vilão da história, como o filme leva enganosamente a se pensar. Luke, que recebe os créditos de vilão no final, é apenas um fantoche nas mãos (?) do verdadeiro vilão.

A essência da adaptação de uma obra literária consagrada para o cinema está justamente no conceito de que os fãs querem ver transposta a história que eles imaginaram, com poucas mudanças; afinal, sabemos que é impossível transportar a obra exatamente com todos os detalhes, mas mudanças de estrutura na obra original é algo que não dá pra aceitar.

Acho que me empolguei nesse post! (rs)  Aqueles que tiverem oportunidade, recomendo a leitura do livro e a se permitirem a assistir ao filme uma vez mais. Para os que apenas assistiram ao filme e ainda não leram o livro, recomendo que o façam, e assim saberão por que a saga dos Olimpianos ficará apenas com um filme produzido.

Isso por que não falei das lutas terrivelmente "não" coreografadas, do pobre cenário do acampamento que até os "lobinhos" fazem melhor, da falta de química entre os atores que interpretam Annabeth e Percy Jackson, do sumiço de personagens importantes... Deixa pra lá...




segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Direto da Telona: MACHETE




Machete (2010) é um filme que surgiu de uma brincadeira, figurando inicialmente como um trailer “fake” entre as duas partes de Grindhouse, projeto de Robert Rodriguez (diretor deste) e Quentin Tarantino. Cada um dirigiu um curta (À Prova De Morte de Tarantino e Planeta Terror de Rodriguez) que eram intercalados por uma sequência de teasers para supostas próximas atrações, que nunca chegariam às telas dos cinemas.

Mas os fãs compraram a história e quiseram saber mais de Machete. Rodriguez abraçou a ideia e o retaliador de corpos mexicano pode exibir sua perícia com as lâminas em seu filme próprio. O longa conta a história de Machete (Danny Trejo), um ex-federale mexicano que tem sua família dizimada e vai para o Texas, viver de bicos. Em um desses, se vê traído e acusado de um crime. E ir atrás daqueles que armaram para ele é a única saída.

A trama, simples, não se leva a sério, como se espera em um filme B. Todos os personagens são informados em que pé que está a história das mais variadas formas. Até via Skype. Não é isso o que importa. Importa ver com qual nova ferramenta cortante Machete irá trucidar o próximo inimigo. Importa saber quando ele se envolverá com Sartana Rivera (Jessica Alba) ou Luz (Michelle Rodriguez). Importa saber quando ele irá confrontar o Senador (Robert DeNiro) ou seu inimigo do passado, Torrez (Steven Seagal !!!!!!!!).

A crítica social/política aparece na forma como os mexicanos são retratados (cucarachas são usadas na campanha do senador, para indicar que são pestes) e nos projetos do Senador de construir muros para evitar que os mesmos cheguem aos EUA.

Interessante ver como os atores e atrizes defendem seus personagens, vivendo-os com a canastrice que se exige em um projeto como este. Não se espera interpretações dignas de Oscar, mas sim que nos façam rir de situações bizarras e absurdas. Sendo assim, não posso me esquecer de citar Lindsay Lohan em um papel impagável: A Freira! Outra participação interessante é a de Tom Savini, o inesquecível Sex Machine de Um Drink No Inferno.

Gosto muito de alguns filmes de Rodriguez, como Um Drink No Inferno (1996), Sin City (2005) e o próprio Planeta Terror (2007). Se esse é o seu caso, assista sem medo: você vai se divertir! E para quem assistiu ao trailer fake de Machete em Grindhouse, fica ainda mais interessante ver como o diretor se preocupou em utilizar aquelas cenas, mesmo mudando alguns atores. Isso mostra o respeito que ele tem por Machete. E se assistir ao filme, você entenderá que com Machete, não se brinca.


domingo, 12 de dezembro de 2010

Direto da Prateleira: BILIONÁRIOS POR ACASO



O livro já estava disponível desde 2009. Não havia chamado a minha atenção.

Quando começaram os comentários sobre a adaptação para o cinema, dirigida por David Fincher, a curiosidade apareceu, mas ainda não foi o suficiente. Já tinha ouvido falar do Facebook. Aliás, quem não ouviu? A verdade é que faço parte de mais essa rede social, mas nunca sequer escrevi um comentário na mesma.

Um dia, caminhando pelo Shopping, avistei a capa do livro. Não foi o título, Bilionários Por Acaso... nem o rosto do “garoto”, tão novo e tão rico... foi o subtítulo: uma história de sexo, dinheiro, GENIALIDADE e traição. A palavra genialidade me parecia deslocada, estranha. O fato é que comprei o livro. E curti.

A história, em linhas gerais, já não é nenhuma novidade: narra os bastidores da criação do Facebook e as discussões sobre a sua “paternidade”. O mérito da obra, para mim, está no fato de o autor (Ben Mezrich) conseguir criar uma narração em que se sente o tempo inteiro o caráter documental sem, no entanto, deixar de envolver o leitor com um romance cheio de nuances e personagens bem desenvolvidos.

Vivemos um momento em que muitas pessoas substituem o contato social “normal” pelo digital. O número de amigos no Orkut, por exemplo, tornou-se um indicativo de popularidade e vínculo social. Lendo o livro é possível simpatizar com todos os personagens em algum momento. São todos vítimas e algozes. Podemos tomar partido, mas quem somos para julgá-los? Esse questionamento me acompanhou por todo o livro e me fez refletir sobre as características de urgência e solidão do mundo atual. Estamos sempre ATRASADOS para cuidar de NOSSAS VIDAS.

O autor deixa claro, no início do livro, quais foram os seus métodos. Ressalta que Mark Zuckerberg, o criador do Facebook, não participou de forma alguma. Mas nosso mundo é assim hoje em dia: se dois ou mais repetirem uma história, ela deve ser verdade. E a verdade dos outros atrai o ser humano.

E a palavra genialidade? Bom, após ler o livro, acho que ela não está deslocada. Pelo contrário, ela é o núcleo de muitas de nossas tramas, sendo orbitada pelas outras três, satélites da vida humana.

Acho que agora já tenho sobre o que escrever no Facebook:

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