Machete (2010) é um filme que surgiu de uma brincadeira, figurando inicialmente como um trailer “fake” entre as duas partes de Grindhouse, projeto de Robert Rodriguez (diretor deste) e Quentin Tarantino. Cada um dirigiu um curta (À Prova De Morte de Tarantino e Planeta Terror de Rodriguez) que eram intercalados por uma sequência de teasers para supostas próximas atrações, que nunca chegariam às telas dos cinemas.
Mas os fãs compraram a história e quiseram saber mais de Machete. Rodriguez abraçou a ideia e o retaliador de corpos mexicano pode exibir sua perícia com as lâminas em seu filme próprio. O longa conta a história de Machete (Danny Trejo), um ex-federale mexicano que tem sua família dizimada e vai para o Texas, viver de bicos. Em um desses, se vê traído e acusado de um crime. E ir atrás daqueles que armaram para ele é a única saída.
A trama, simples, não se leva a sério, como se espera em um filme B. Todos os personagens são informados em que pé que está a história das mais variadas formas. Até via Skype. Não é isso o que importa. Importa ver com qual nova ferramenta cortante Machete irá trucidar o próximo inimigo. Importa saber quando ele se envolverá com Sartana Rivera (Jessica Alba) ou Luz (Michelle Rodriguez). Importa saber quando ele irá confrontar o Senador (Robert DeNiro) ou seu inimigo do passado, Torrez (Steven Seagal !!!!!!!!).
A crítica social/política aparece na forma como os mexicanos são retratados (cucarachas são usadas na campanha do senador, para indicar que são pestes) e nos projetos do Senador de construir muros para evitar que os mesmos cheguem aos EUA.
Interessante ver como os atores e atrizes defendem seus personagens, vivendo-os com a canastrice que se exige em um projeto como este. Não se espera interpretações dignas de Oscar, mas sim que nos façam rir de situações bizarras e absurdas. Sendo assim, não posso me esquecer de citar Lindsay Lohan em um papel impagável: A Freira! Outra participação interessante é a de Tom Savini, o inesquecível Sex Machine de Um Drink No Inferno.
Gosto muito de alguns filmes de Rodriguez, como Um Drink No Inferno (1996), Sin City (2005) e o próprio Planeta Terror (2007). Se esse é o seu caso, assista sem medo: você vai se divertir! E para quem assistiu ao trailer fake de Machete em Grindhouse, fica ainda mais interessante ver como o diretor se preocupou em utilizar aquelas cenas, mesmo mudando alguns atores. Isso mostra o respeito que ele tem por Machete. E se assistir ao filme, você entenderá que com Machete, não se brinca.
Quero muito ver isso! Mas "`Planeta terror" e "À prova de morte" no "Grindhouse" não eram curtas, mas média-metragens. Na verdade a duração deles, mais de 30 minutos, para a finalidade que tinham, nos anos 70 eram considerados longas... Por uma questão de economia e pra atender ao público cativos das sessões de cinema B gore dos anos 70 criaram em salas alternativas as sessões Grindhouse, onde dois filmes ou até mais, sem vínculo de produção eram exibidos consecutivos, exibindo trailers de outras produções no meio.
ResponderExcluirApesar de não curtir muito esses filmes com sangue espirrando na tela, me diverti com "Planeta Terror". As cenas de Rose McGowan com a metralhadora em lugar da perna são hilárias! Se "Machete" for essa via, vou dar um voto de confiança e conferir!
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