sábado, 25 de janeiro de 2014

50 Tons do Cavaleiro das Trevas

Após muita arte falsa, finalmente a Focus Features revelou o primeiro pôster da adaptação do bestseller erótico "Cinquenta Tons de Cinza", que está sendo dirigindo por Sam Taylor-Johnson com Jamie Dornan (da série "Once Upon a Time") e Dakota Johnson ("Rede Social") como os protagonistas Christian Grey e Anastasia Steele.

A arte é claramente um convite, portanto apenas um teaser, que mostra Christian de costas com Seattle ao fundo. O tal convite vai fazer parte de uma turnê de outdoors por 5 cidades dos EUA fazendo uma contagem regressiva pro dia dos namorados americano de 2015 (13 de fevereiro), que é quando o filme estréia lá.

O curioso é comparar o protagonista milionário e sadomasoquista Christian Grey com outro milionário famoso da ficção, talvez tão sadomasoquista quanto, Bruce Wayne, o Batman. O pôster faz clara alusão ao pôster de "O Cavaleiro das Trevas", que mostra Batman de costas olhando pra Gotham City. Esperamos que tamanha ousadia de não divulgar o filme como um romance erótico do Nicholas Sparks seja um bom sinal.

Por outro lado temos novos tons na novela Superman vs. Batman vs. Toda a Liga da Justiça. Adiado de julho de 2015 pra maio de 2016, a sequência de "Man of Steel" com o Cavaleiro das Trevas não terá suas gravações igualmente adiadas, o que pode indicar que a provável terceira parte, que traria a formação da Liga da Justiça, vai ser gravada ao longo de 2015. Tal manobra daria aos produtores e diretor (ou seriam diretores com Ben Affleck assumindo dois cargos no terceiro filme?) tempo de montar tudo. Por isso, o premiado diretor e nem-tão festejado ator "The Middle Man" da Fox, que ele produz.

Ben Affleck, que assume o papel de Batman, teve de abrir mão de dirigir o episódio-piloto da série "

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Y e Torre Negra em atualização

Há cerca de 10 anos em desenvolvimento para ganhar uma versão cinematográfica, a HQ "Y - O Ultimo Homem" ganhou uma atualização que pode vir tanto para o bem quanto para o mal. Brian K. Vaughan, roteirista e autor da HQ ao lado de Pia Guerra, revelou que se a New Line, atual detentora dos direitos de adaptação, não produzir o filme nos próximos meses, perderá os direitos.

Anos atrás o filme esteve nas mãos frágeis de D.J.Caruso, aproveitando o sucesso de "Paranóia" e "Controle Absoluto", e com Shia Labeouf, astro dos dois filmes do diretor, como o jovem protagonista que é o ultimo homem da Terra, após uma inexplicável catástrofe que mata todos os machos, e muda completamente as regras na sociedade. Atualmente o filme foi colocado sob a direção do desconhecido curta-metragista e nerd Daniel Trachtenberg, sob a usualmente pouco criativa produção de David Goyer.

Se isso fará a New Line acelerar a produção, só o tempo dirá, já que tivemos há pouco tempo o exemplo da Fox, que em cima do prazo fez novo acordo com a Marvel pra continuar com os direitos do "Quarteto Fantástico", ganhando mais tempo pra iniciar sua produção, ao devolver os personagens do "Demolidor". É notório entre os fãs de "Y" que a já finalizada HQ ficaria muito melhor no formato televisivo (talvez em no máximo 5 temporadas?), que em filmes que mutilarão a obra.

Outro projeto travado ganhou nova atualização esta semana. A serie de romances de Stephen King "A Torre Negra", igualmente há anos esperando pra ser adaptada está nas mãos do irregular Ron Howard ("Apollo 13", "Uma Mente Brilhante", "O Código DaVinci") e seu produtor favorito Brian Grazer ("24"), num projeto que envolveria três filmes e uma serie de TV. O romance já foi em parte adaptado com sucesso nas HQs, e a serie televisiva poderia cobrir este trecho da história.

Javier Bardem já teve seu nome amplamente atrelado aos filmes, mas estúdios estariam se negando a bancar o projeto que mistura muita fantasia e velho-oeste (num universo tão grande que cobre até mesmo o do filme "O Nevoeiro"). Mas o festejado Aaron Paul (da serie "Breaking Bad") revelou durante o Festival de Cinema de Sundance que teve diversas conversas com o diretor sobre o projeto, e estaria disposto a viver o complexo protagonista.

Assim como "Y", ainda não se sabe se o envolvimento de Aaron Paul, que vai testar sua popularidade em março na adaptação dos videogames "Need For Speed", seja algo que vá atrair investidores e tirar o projeto da gaveta. Mas estamos torcendo pra que todos façam jus ao material fonte.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

"Nada importa: apenas nós, as câmeras e essas pessoas maravilhosas no escuro"

Fade in.



Um escritor sem dinheiro. Dois cobradores em perseguição. Um pneu furado. Um palacete aos pedaços. Uma atriz que ainda se considera uma estrela. Um mordomo que não mede esforços para pintar o mundo como a sua patroa o quer ver. Ser cinéfilo nos dias de hoje tem suas vantagens: é fácil ir atrás dos clássicos! E nessa busca, os filmes de Billy Wilder tornam-se obrigação, como o estupendo Crepúsculo Dos Deuses (EUA, 1950).

Algumas obras exalam a mídia que representam, levando-nos a observar os detalhes que envolvem tal entretenimento. O filme em questão, desde o belo plano sequência que o inicia, grita cinema a cada novo fotograma. Temos a Sunset Boulevard - do título original em inglês - que dá passagem à polícia que segue em direção ao local de um homicídio. E é na piscina, boiando, que conhecemos o narrador, que nos acompanhará de forma cínica ao longo de todo o flashback que consome a maior parte da película.

"Eles acham que os atores improvisam tudo na hora."

Joe Gillis (William Holden), o escritor sem dinheiro, parece ser o alter-ego de todo iniciante na indústria cinematográfica, que antes de se estabelecer corre atrás de qualquer bico que surge. Existe uma crítica evidente à forma como roteiros são comercializados e como o lucro sobrepuja a arte em si. Joe coloca em dúvida até o reconhecimento do público ao trabalho dos roteiristas, às vezes relegados a uma única linha dos créditos.

"Eu sou grande! Os filmes que se apequenaram!"

Norma Desmond (Gloria Swanson), a atriz de que falo na introdução, vira o exemplo maior do quão trágico pode ser não saber desacoplar o mundo do entretenimento do dia a dia da vida real. Mais do que isso, a personagem nos leva a refletir o quanto o cinema depende de suas estrelas e vice-versa. Sentimos pena, medo e condescendência para com ela, mas também vibramos quando ela retoma algo de seu passado de sucesso. 

Além deles, temos Artie e sua noiva Betty, amigos e também parte do mercado, o mordomo Max e até mesmo uma ponta de Cecil B. DeMille, instigando nossa curiosidade a respeito dos contornos que a estória toma e valorizando um certo suspense não declarado e muito bem construído pelo roteiro e seus realizadores.

Os filmes P/B tendem a valorizar a fotografia, mas este é um primor em sua direção de arte como um todo. Figurino e ambientação (em especial do palacete/prisão de Norma) são um capítulo à parte, nos ajudando a mergulhar no mundo daquela mulher e de suas neuras. As escolhas de direção de Wilder tornam-se vibrantes na forma como Swanson defende sua personagem. Cenas como a do chimpanzé e a homenagem a Carlitos são fortes e cheias de significado!

A sequência final é a cereja do bolo. Bem orquestrada, ela claramente define as bases da cultura cinematográfica. O senso do que é real e o que é ficção entram em choque, criando uma mistura que sintetiza o filme e a sua indústria, dando brecha para uma suave quebra da quarta parede.

"Nada importa: apenas nós, as câmeras e essas pessoas maravilhosas no escuro."



Fade out.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Band of Brothers: A Gota d'Água e A Última Patrulha

No episódio 7 da premiada série Band of Brothers (2001), acompanhamos a história através do relato do Sargento Carwood Lipton (Donnie Wahlberg). A Companhia Easy (E Company) saiu de Bastogne e agora está na floresta congelante aos redores da cidade de Foy. Eles continuam com pouca munição, sem roupas suficientes para enfrentar as baixas temperaturas do rigoroso inverno Europeu e sob fortes bombardeios dos alemães.

Lipton sabe o quanto é importante manter a moral dos soldados, pois em condições adversas, a mente se torna um perigoso inimigo, ainda mais quando se tem um líder que não sabe tomar decisões. O Tenente Dike ficou encarregado como CO (Commander Officer) por ser indicado de alguém no alto escalão do exército, que viu a necessidade de dar-lhe experiência no campo de batalha. Na guerra porém, não é um lugar para experimentar, afinal, as palavras do Sargento Lipton traduz o sentimento que a E-Company tinha de seu CO - "O Tenente Dike não era um mal líder por tomar decisões ruins, mas sim, por não tomar decisão alguma!".

Donnie Wahlberg e o Sargento Carwood Lipton
Temos nesse episódio um acontecimento inusitado, pois se é trágico uma morte na guerra, que dirá quando ela acontece devido o descuido com uma arma. É o que acontece com o soldado Donald Hoobler, que após conseguir seu prêmio que perseguia desde que invadiu a Normandia - uma Luger, arma alemã muito cobiçada pelos soldados americanos - um disparo acidental que atinge a artéria principal.

Os ataques alemães são ferozes e num primeiro momento faz lembrar ao Sargento Lipton os fogos de artifícios de 4 de julho. Parece engraçado. Só parece. Principalmente quando Lipton se dá conta de que vários de seus homens estão feridos ou mortos.

Durante esses ataques, bons homens que estavam juntos desde os treinamentos em Taccoa, acabam feridos ou mortos. Quem diria que o retorno da enfermaria de Joe Toy mesmo sem permissão médica, seria para ele a volta definitiva pra casa. Além dele, Willian "Wild Bill" Guarnere (que muito contribuiu posteriormente com o historiador Stephen E. Ambrose com os relatos dos feitos da E-Company), Lynn "Buck" Compton, Alex Penkala e Warren "Skip" Muck são algumas das baixas mais sentidas por todos, inclusive para quem assisti ao seriado, já que os acompanhamos desde os primeiros momentos. O Sargento Guarnere é sem dúvida um dos homens mais admirados da E-Company, por seu carisma, sua dedicação, companheirismo e preocupação com os amigos.

Foram muitas baixas na E-Company entre Bastogne e Foy. Alguns homens mortos, outros gravemente feridos e outros com feridas não no corpo, mas na mente e na alma, que provavelmente nunca cicatrizam.

Na tomada da cidade de Foy, se destaca uma personagem que a maioria dos fãs de Band of Brothers
Sargento Malarkey e Scott Grimes
tem em alta estima: o Tenente Ronald Speirs (Matthew Settle de Gossip Girl). Ele tem uma ação espetacular ao avisar a companhia I que está isolada dos outros soldados do batalhão e literalmente deixa todos boquiabertos ao atravessar as linhas alemãs, conversar com o comandante e voltar para conduzir a companhia E.

A Gosta d'Água termina com o reconhecimento de um dos sargentos que ajudaram Stephen E. Ambrose a reunir essas fantásticas histórias de homens que lutaram de forma pela liberdade da Europa, Carwood Lipton, que nas palavras de Speirs, foi o responsável por manter as tropas unidas, motivadas e sempre preocupado com a auto estima de todos os seus soldados!

No episódio 8 - A Última Patrulha - a companhia E estava na cidade de Haguenau, cidade que abrangia as duas margens do Rio Moder. De um lado, os aliados, do outro, os alemães - com um poder de fogo aparentemente superior. Nesse episódio, acompanhamos os relatos do soldado Webster, que tinha sido ferido na Holanda e não acompanhou a Easy em Bastogne e por isso, foi tratado por seus companheiros como um substituto mesmo estando no grupo desde o Campo Toccoa.

O ator Eion Bailey como David Webster
Junto com ele, chega ao regimento o Tenente Henry Jones (Colin Hanks) - que se formara na conceituada academia de West Point em 6 de junho de 1944 - O Dia D. Jones chega ao regimento sabendo que o Coronel Sink ordenou ao Capitão Winters que atravesse o rio para trazer prisioneiros para interrogatório a fim de obter informações que ajudassem os americanos a transpor o rio.

Os soldados convocados para a missão, do 2º batalhão, até então comandados pelo sargento Malarkey, não gostaram de ter um novato na liderança da patrulha. Após a insistência de Jones com o apoio de Webster, o Tenente Jones seguiu com a patrulha como observador.

David Webster, cujo livro
também foi usado como
inspiração para a série
Nesse seguimento, vemos o que pode acontecer quando os homens em situação de estresse e mesmo após tendo treinado para uma abordagem no campo inimigo, podem cometer erros que em segundos, custam a vida de pessoas.

Após o sucesso da captura dos prisioneiros alemães, o Coronel fica contente com o resultado da patrulha, porém os prisioneiros não deram informações que fossem consideradas relevantes, e por isso, solicita uma nova patrulha. Porém, como a 1ª patrulha havia colocado explosivos para destruir o ponto de observação atacado, isso significaria adentrar ainda mais na cidade para conseguir encontrar prisioneiros, o que colocaria a vida desses soldados em um risco maior.

Os soldados ouviram a orientação do capitão Winters e logo em seguida ficaram surpresos ao ouvirem o que eles deveriam reportar ao capitão na manhã seguinte - que a patrulha atravessou o rio, chegou em um posto avançado e não encontraram nenhum alemão. E assim aconteceu. Winters achava que uma segunda patrulha para capturar prisioneiros que em nada contribuiriam para informações era suicídio. Desse modo, a 2ª patrulha nunca aconteceu e vidas foram poupadas.

Colin Hanks como Tenente Henry Jones
O episódio termina com a promoção do 2º Tenente Jones e também com a promoção do Capitão Winters, que agora é promovido ao posto de Major.

Webster, que interveio na convocação de Liebgott para a patrulha, já que os falavam alemão e ele não via a necessidade de dois tradutores se arriscando na missão - acaba o episódio reconquistando a confiança de seus companheiros.

O próximo passo da Companhia Easy, é entrar, finalmente, em território alemão!  

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Globo e a polêmica Lei de Incentivo à Cultura (via Serra Pelada)


Hoje estréia na Globo a minissérie "Serra Pelada". Dirigida por Heitor Dhalia (revelado em "Nina", descoberto por um público maior em "Cheiro do Ralo", flertado com grande produção em "À Deriva" e internacionalizado com "12 Horas"), a obra conta a história de dois amigos de infância (vividos por Julio Andrade e Juliano Cazarré), que se mudam pro interior do Pará no ano de 1980 em busca de uma vida (muito) melhor em Serra Pelada, o maior garimpo dos últimos tempos, e acabam vivenciado o que ficou conhecido como a "febre do ouro", já que amizade e cumplicidade acabavam corrompidas pela ambição e obsessão num garimpo que mais lembrava um campo de batalha. Ainda estão no elenco as comentadas presenças de Wagner Moura (que teve de desistir de viver o protagonista, para ficar apenas com uma rápida participação), Matheus Nachtergaele e Sophie Charlotte. 



Mas não estamos aqui pra entrar no mérito da produção, porque antes de ser uma minissérie televisiva, "Serra Pelada" também foi um filme pra cinema. E é isso que queremos discutir. Com custo de R$ 8,4 milhões, o filme foi um fracasso visto por menos de 400 mil espectadores, arrecadando apenas R$ 4,1 milhões. Se mesmo com o apoio da Globo, pelo braço GloboFilmes, o filme não se pagou, nada anormal que ele ganhe um público mais amplo como minissérie. Isso se 81% do custo do filme não tivesse sido financiado por incentivo fiscal (ou seja, um dinheiro que não foi arrecadado pelo governo).



A Lei de Incentivo à Cultura (conhecida por Lei Rouanet) é o mecanismo de incentivo à cultura por renúncia fiscal, onde uma pessoa jurídica ou física pode ter até 100% do incentivo (desde que não ultrapassando os 4% pra empresa e 6% pra pessoa física) deduzidos no Imposto de Renda devido ao governo. Em troca do patrocínio, a empresa tem seu nome ligado e divulgado pelo projeto, que usualmente não se enquadra em programas do Ministério da Cultura.



O problema está no critério pra liberação da captação de valores destes projetos. Se a idéia é promover a cultura com projetos que possam agregar algo à comunidade, por que muitos dos projetos aprovados cobram ingressos exorbitantes? É o caso, por exemplo, da cantora Claudia Leitte que conseguiu aprovação pra captar quase 6 milhões de Reais pela Lei Rouanet, pra realização de cerca de 12 shows. Também foi o caso do musical teatral "O Rei Leão", que captou R$ 11 milhões pra um espetáculo com ingressos de, no mínimo, R$ 50.




"Serra Pelada" não é um caso isolado. Exibido como programação de Natal em 2012, "Xingu", outro fracasso do cinema nacional ganhou nova edição com cenas inéditas dividida em capítulos, além de "Gonzaga - De Pai pra Filho" no começo de 2013. Na primeira semana deste 2014 também tivemos a adaptação do clássico romance "O Tempo e o Vento", que segundo a Ancine custou R$ 14 milhões, sendo R$ 6,5 milhões financiados por incentivos fiscais. 



A Globo não concorda que o dinheiro público tenha financiado as minisséries, afirmando que foi a GloboFilmes, como co-produtora dos filmes, quem captou os valores via incentivos fiscais aplicados por empresas estatais (geralmente Petrobrás e Caixa), e o acordo prevê exclusividade da emissora na exibição dos filmes. Mas ficou evidente que tenham vendido o material como algo inédito, e produzido pela casa. E talvez pior, lucrando com, por exemplo, duas cotas de patrocínio de R$ 750 mil apenas em "O Tempo e o Vento".



Forçando o pensamento positivo (ou apenas constatando), temos produções cinematográficas que não atingiram toda a sociedade, mas que contam um pouco da história do país por ações políticas, sociais, musicais ou literárias. E também temos produções que valorizaram e utilizaram mão de obra e artistas brasileiros. Como comparação temos a principal rival da emissora carioca, a paulistana Record, que adquiriu os direitos da inegável obra-prima "Breaking Bad", que é uma produção televisiva americana e totalmente importada, pra rivalizar com as minisséries financiadas pela Lei Rouanet.


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Aprenda como um simples 'OK' pode ser algo mais!

Hazel - 16 anos, sobrevive graças a uma droga revolucionária - conhece Augustus Waters (Gus) - 17, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma - em um Grupo de Apoio para crianças com câncer. Achou a sinopse muito simples? Rasa? Mas é basicamente disso que vai tratar o excelente A Culpa É Das Estrelas, de John Green. A circunstância da doença é um diferencial, mas, ainda assim, o que importa é conhecer e conviver com as personagens, todas interessantes, profundas e multifacetadas.

Temos Hazel, uma menina inteligente e descolada que não tem papas na língua e adora ler. Ela tem uma adoração especial pelo livro Uma Aflição Imperial, obra essa que termina no meio de uma frase, algo que deixa a menina cheia de indagações. Do outro lado encontramos Gus, possuidor de um ótimo senso de humor e que gosta muito de ousar, brincando com os clichês do mundo do câncer. Na verdade, essa é a principal arma dos dois para lidar com essa doença que age inexoravelmente na vida das pessoas que acomete.

Temos uma obra ambiciosa e emocionante que narra de forma irreverente o turbilhão de emoções que envolvem viver e amar. Mais do que isso, embarcamos em uma montanha russa, ora com um olhar inspirador, ora brutal. O autor demonstra coragem ao tocar em assuntos espinhosos de forma casual: a aceitação de determinado destino, a alegria mesmo nos momentos difíceis, o companheirismo acima do sentimento de pena, etc, etc, etc.

É uma leitura cativante, pois nos coloca não só como observadores, mas quase como que amigos das personagens. Por isso da sinopse que escrevi no início: simplesmente duas pessoas se conhecem... 

E não é assim que (quase) tudo começa???

Permeada por humor ácido e ótimas doses de ironia, a narrativa nos prende até o seu final. As diversas situações que ilustram o dia a dia da estória são contadas com uma simplicidade que induz o leitor a partilhar as vitórias e derrotas, tornando aquela realidade algo bem próximo.

Tudo isso resulta em uma ótima experiência!



"É claro que eu tinha esperado que o Peter Van Houten (autor de Uma Aflição Imperial) fosse mentalmente são, mas o mundo não é uma fábrica de realização de desejos." Hazel Grace

domingo, 19 de janeiro de 2014

daPoltronaCast: Frozen - Uma Aventura Congelante

Atrasou, mas o episódio do daPoltronaCast dedicado a discutir o atual longa de animação da Disney "Frozen - Uma Aventura Congelante" já está no ar! Tem música, argumentações fervorosas e de quebra, humor.
Deixem seus comentários!



Para fazer o download do podcast (74.2 MB) clique aqui.