Temos Hazel, uma menina inteligente e descolada que não tem papas na língua e adora ler. Ela tem uma adoração especial pelo livro Uma Aflição Imperial, obra essa que termina no meio de uma frase, algo que deixa a menina cheia de indagações. Do outro lado encontramos Gus, possuidor de um ótimo senso de humor e que gosta muito de ousar, brincando com os clichês do mundo do câncer. Na verdade, essa é a principal arma dos dois para lidar com essa doença que age inexoravelmente na vida das pessoas que acomete.
Temos uma obra ambiciosa e emocionante que narra de forma irreverente o turbilhão de emoções que envolvem viver e amar. Mais do que isso, embarcamos em uma montanha russa, ora com um olhar inspirador, ora brutal. O autor demonstra coragem ao tocar em assuntos espinhosos de forma casual: a aceitação de determinado destino, a alegria mesmo nos momentos difíceis, o companheirismo acima do sentimento de pena, etc, etc, etc.
É uma leitura cativante, pois nos coloca não só como observadores, mas quase como que amigos das personagens. Por isso da sinopse que escrevi no início: simplesmente duas pessoas se conhecem...
E não é assim que (quase) tudo começa???
Permeada por humor ácido e ótimas doses de ironia, a narrativa nos prende até o seu final. As diversas situações que ilustram o dia a dia da estória são contadas com uma simplicidade que induz o leitor a partilhar as vitórias e derrotas, tornando aquela realidade algo bem próximo.
Tudo isso resulta em uma ótima experiência!
"É claro que eu tinha esperado que o Peter Van Houten (autor de Uma Aflição Imperial) fosse mentalmente são, mas o mundo não é uma fábrica de realização de desejos." Hazel Grace
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