sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nosso bruxinho favorito: PARTE 7.1


Era uma vez 3 irmãos que queriam atravessar um rio fundo demais. Sendo exímios bruxos, criaram uma ponte e só não a atravessaram porque tiveram o seu caminho impedido por um ser encapuzado: a morte. Ao perder as 3 vítimas de afogamento, astuta, ofereceu-lhes prêmios por sua esperteza...

Daí surgiram a varinha mestra, a pedra da ressureição e o manto de invisibilidade, AS RELÍQUIAS DA MORTE que dão título ao sétimo e último livro da série que conta a saga do bruxinho que possui uma cicatriz em forma de raio. Um final digno para um conto que começou a surgir em uma viagem de trem da autora.

Finalmente nos são revelados todos os Horcruxes (objetos em que Voldemort inseriu partes de sua alma, querendo ser eterno): o diário de Tom Riddle, o anel de Marvolo Gaunt, o medalhão da Sonserina, a taça da Lufa-Lufa, a cobra Nagini, a tiara da Corvinal e o próprio Harry Potter! Sim, o menino que sobreviveu também tem uma porção da alma do Lorde das Trevas em si. Em uma visão exacerbada, podemos enxergar a ideia dos Horcruxes como uma grande esquizofrenia do Mestre dos Comensais da Morte, que personifica o mal. Mas o bruxinho chega a este livro disposto a dar um basta nessa história.

Confesso que esse é o post mais difícil de escrever. Que partes ressaltar de um fechamento, em que tudo soa importante? A redenção de Snape, talvez, em um dos capítulos mais singelos de toda a série...? Ou a abnegação de Harry, ao ver que seus aliados continuarão morrendo a não ser que ele mesmo se entregue? Os sacrifícios de Edwiges e Olho-tonto Moody? a fúria da senhora Weasley ao defender Gina de Bellatrix? a invasão de Gringotes? a invasão do Ministério? a batalha de Hogwarts...?

A autora se utiliza de cada palavra, de cada capítulo, para nos capturar e, quanto mais perto do final, queremos ler mais rápido e mais lento: queremos saber o fim, mas não queremos que acabe! Como já estamos mais do que familiarizados com os personagens e locais do mundo bruxo, Rowling nos guia por uma verdadeira viagem em Montanha Russa: somos catapultados a alturas extremas só para, logo em seguida, descermos ruidosamente, sem freios, até o ponto mais baixo. Emocionante, do começo ao fim. As mortes doem; as vitórias nos alegram; a proximidade de uma nova Horcrux nos faz suar frio; não saber como destruí-la nos deixa frustrados e acabamos sofrendo os efeitos maléficos que a porção de Voldemort tem sobre nossos heróis.

E o que falar do epílogo... o nó custou a ser desfeito na garganta quanto li a última palavra de uma aventura que durou anos e que pude acompanhar, acredito eu, como mais do que um trouxa. Sinto-me um bruxo honorário, um quase Auror, um herói em sua jornada, em que, como Harry (e Rowling) brilhantemente nos ensinou, o amor, a coragem e a abnegação podem sobrepujar qualquer obstáculo!


Quanto ao filme, primeiro precisamos elogiar a decisão de dividir esse capítulo em dois. É óbvio que o caráter "lucro" foi levado em conta, mas seria impossível resumir em pouco mais de 2 horas todos os acontecimentos desse livro. E mais, não vejo nenhum dos mesmos como supérfluo: todos tem o seu papel na catarse do leitor.

Comentando a primeira parte, preciso confessar que desde a primeira vez que a assisti no cinema até hoje quando a assisto em casa, a cena inicial traz lágrimas aos meus olhos. A genuína tristeza com que Emma Watson (Hermione) pronuncia o feitiço OBLIVIATE é visceral! David Yates (novamente na cadeira de diretor) evidencia que o que virá a partir desse momento irá envolver muito sofrimento e sacrifício. A fuga de Harry pelos céus de Londres é outro exemplo avassalador de que todos correm risco agora. Até os gêmeos Weasley. Quanto à parte técnica, elogios seriam apenas chover no molhado. O brilhantismo dos dois filmes anteriores se mantém, equilibrando ótimas atuações e cenas de ação de tirar o fôlego. Mesmo sabendo que não teremos o momento final ainda, a imersão é perfeita, catapultada às alturas com os acontecimentos na mansão dos Malfoy e a morte de um certo elfo doméstico muito querido. Mais um sacrifício por Harry. Mais do que por Potter, a entrega é pela causa, no intuito de vencer o mal que Voldemort representa. A visita a Godric's Hollow é triste e pesada, as noites solitárias, acampando em florestas e ouvindo notícias através de um rádio, temerosas e o mal que se aconchega em Hogwarts prenuncia o grande final. Percebe-se a escolha clara de privilegiar a história nessa primeira parte, para investir nos grandes (e mais esperados) momentos na segunda. Destaque para a animação do Conto dos 3 Irmãos, de uma beleza simples e apropriada.

Agora é ir ao cinema e acompanhar o grande final da saga, que chegou (é hoje a estréia, galera!!!!!). Para esquentar, um vídeo indicado pela minha ilustre irmã, para rememorar o que já aconteceu e preparar para o que está por vir. Promessa de muitos lencinhos usados nas salas de cinema nesse final de semana.



Não deixe de ler logo mais a crítica do filme aqui na LIGA. Mais uma crítica internacional, pois nosso amigo Minduim escreverá direto de Vancouver. Bom filme, e torçamos para que outras obras literárias possam surgir, para incentivar as crianças a viajar pelo mundo dos livros e inspirar novas grandes produções cinematográficas. Eu sei que eu sentirei falta dos meus amigos de Hogwarts... E vocês? Abraços...


"O último vestígio de vapor se dispersou no ar de outono. O trem fez uma curva, a mão erguida de Harry ainda acenava ADEUS.
- Ele ficará bem - murmurou Gina.
Ao olhá-la, Harry baixou a mão distraidamente e tocou a cicatriz em forma de raio em sua testa.
- Sei que sim.
A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos. Tudo estava bem."
(HARRY POTTER e as Relíquias da Morte)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nosso Bruxinho favorito: PARTE 6

AVISO: Inferi foram avistados! Esses cadáveres humanos foram, provavelmente, reanimados pelo Lorde das Trevas! A LIGA recomenda o uso de feitiços como Lumus Solen e Incendio, mas se eles não funcionarem, corram...

Mensagem dada, que tal afastar a mente dessas marionetes de Lord Voldemort ocupando-a com uma investigação: quem é o principe mestiço que deixou tantas dicas úteis para que Harry seja o aluno mais brilhante nas aulas de poções de Horácio Slughorn (sim, temos um novo professor de Poções porque Snape conseguiu o que queria: ser o titular de Defesa Contra a Arte das Trevas) no sexto tomo de J. K. Rowling, O ENIGMA DO PRÍNCIPE?

O Mundo Bruxo está em polvorosa. Agora, todos sabem que o Bruxo mais temido de todos voltou. A dinâmica de Hogwarts muda não somente com relação aos professores que ministram as aulas. Ao longo do ano letivo, diversos objetos amaldiçoados são endereçados à Dumbledore e Harry tem uma certeza: tudo isso é obra de Draco Malfoy que é agora (para Potter) um Comensal da Morte!!! Além disso, o bruxinho tem que acumular o posto de capitão do time de Quadribol da Grifinória, conter o ciúme, cada vez maior, que sente com relação ao romance entre Gina Weasley e Dino e comparecer ao escritório de Dumbledore que, usando a Penseira, lhe mostra a história de Tom Riddle e lhe dá uma tarefa: recuperar a última peça do quebra-cabeça, ainda na memória de Slughorn. O nível sombrio atinge seu ápice aqui, e Harry se desdobra para conseguir ajudar o velho bruxo. Aprendemos muito sobre a história, somos apresentados aos Horcruxes e entendemos finalmente a intenção de Voldemort. Pela primeira vez o livro termina sem um final aparente. Como a própria autora declarou à época, esse livro e o último parecem muito mais partes de uma mesma história.

Destaco uma passagem do livro que, creio, todos tenham sentido a mesma coisa: quando Harry executa à contento um desafio do Mestre de Poções, recebe como prêmio um frasco da poção Felix Felicis... e quem não queria ter estado no lugar dele? Sorte líquida, resolvendo tudo ao seu redor da forma mais satisfatória para você... eu quero um litro, rs.

Como já falamos no post anterior, a adaptação cinematográfica teve o mesmo diretor, David Yates, do quinto. E isso acabou por contribuir para que o clima fosse mantido, evoluindo de forma satisfatória em todos os quesitos. A fotografia (Bruno Delbonnel) desse episódio, em especial, me impressionou bastante. Além disso, a trilha sonora (Nicholas Hooper) que já pontuava com primor o capítulo anterior, aqui age de forma preponderante na hora de ajudar na imersão do espectador. Lembro-me de, após assistir ao filme, ouvir a trilha sonora e conseguir rever o filme em minha mente. Muito boa mesmo. Quanto aos momentos chave, merecem menção a fúria de Hermione ao ver Lilá beijar Rony pela primeira vez, todos os flashbacks de Voldemort, a atuação de Tom Felton (que incorpora a confusão na cabeça de Malfoy) e o embate entre Harry e Malfoy, no banheiro da Murta-que-Geme, onde aprendemos que SECTUMSEMPRA não deve ser usado sem a presença de um adulto... A cena final corta o coração e emociona, com todos erguendo suas varinhas enquanto Potter se despede de seu mentor. A decisão posterior do bruxinho, de não retornar à Hogwarts no ano seguinte visando terminar o trabalho iniciado por Dumbledore nos mostra que Potter cresceu; e as afirmativas de Rony e Hermione de acompanhá-lo, mesmo quando ele se coloca contra, o quanto a amizade é o fiel da balança na vida do jovem bruxinho.


Galera, estamos perto do final!!! Amanhã visitaremos os contos de Beedle, o bardo para entendermos melhor sobre AS RELÍQUIAS DA MORTE. Mas antes, vou lhes pedir o mesmo que Narcissa exigiu de Snape, o nosso príncipe mestiço, em sua casa na Rua da Fiação: façam o voto perpétuo de não abandonarem a LIGA, Harry e Dumbledore à merce dos Inferi... Sacar varinhas:

LUMUS SOLEN!!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Nosso bruxinho favorito: PARTE 5


Vamos visitar o Largo Grimmauld, 12?

Fique tranquilo: além de Dumbledore, eu também sou o fiel do feitiço Fidelius, e posso guiá-los por um rápido tour pela grande e antiga casa da família Black e tentar participar de uma das reuniões da ORDEM DA FÊNIX, organização que dá nome ao quinto volume da história do bruxinho.

Agora Voldemort está de volta. Os comensais estão mais ativos do que nunca, mas procuram mascarar suas ações. O ministro da magia passa a desacreditar Harry e, principalmente, Dumbledore perante a comunidade bruxa, que passa a se questionar se o "cargo" de chosen one não subiu à cabeça do jovem herói. A sensação de solidão cresce em Potter, que sente não poder contar nem com os bons amigos Rony e Hermione. O próprio diretor de Hogwarts o deixa no escuro, limitando-se a enviar observadores para protegê-lo de qualquer artimanha do Lorde das Trevas. Nesse clima, o retorno à Hogwarts é apressado por um ataque de Dementadores e, o que mais assusta os estudantes, a escola agora tem uma nova professora de Defesa Contra a Arte das Trevas (cadeira amaldiçoada do instituto de magia), Dolores Umbridge, que aos poucos passa a ingerir no comando de Dumbledore. Entre muitas peripécias surge a Armada de Dumbledore, conhecemos os Testrálios (criaturas incríveis!), mas o maior acréscimo é o da louquíssima Luna Lovegood! A nova amiguinha tem papel fundamental na trama, que tem o seu clímax no Ministério da Magia, em uma luta frenética pela profecia em que Sibila Trelawney previu a ligação entre Harry e Voldemort. Por fim, pela primeira vez temos contato direto com a perda de um personagem que amamos (desculpe Cedrico, mas você não era tão querido assim...): a perda da figura mais próxima de Harry é arrasadora e atroz.

Para alguns, esse livro grande (em páginas) é o mais arrastado de toda a série. Confesso que, na época em que o li, não senti dessa forma. Considerando o tempo que esperávamos entre um livro e outro, eu gostava de saborear ao máximo cada página, cada informação. Gostei muito deste, como dos demais. Toda a história contida na Tapeçaria da família Black, os testrálios, os momentos de treinamento da Armada de Dumbledore, o momento "sou um super-bruxo" na hora em que o diretor derrota alguns Aurores de forma rápida e fácil, tudo me fascinou e me ajudou a entender melhor as motivações de muitos personagens, além de fazer a história fluir, caminhando em direção ao seu final.


Quanto à produção cinematográfica, David Yates assumiu a cadeira de diretor para não mais deixá-la. Ao que parece, a química entre ele, os atores, produtores, roteirista e a autora foi tão mágica que não houve dúvidas quanto a sua manutenção até o final da cinessérie. E verdade seja dita: ele realmente entendeu o universo bruxo e, mais do que isso, o grande séquito de fãs que o acompanhava. É evidente que a evolução dos atores mirins era algo esperado, mas as atuações já nesse quinto filme estão muito boas. Sem falar na forma como, de maneira mais eficiente do que no filme anterior, a adolescência dos personagens aflora na telona. Nesse quesito, temos um grande momento no crescimento do jovem bruxinho: seu primeiro beijo, em Cho Chang, que é um momento bonito, não sendo exagerado e nem vulgar. Pontos para a produção! Outra sequência que merece destaque é o clímax do filme, desde o momento em que os jovens da Armada chegam ao ministério até o enfrentamento com os Comensais.


Como nota especial, vale lembrar que nesse episódio, a intenção do roteirista era deixar de lado o elfo doméstico Monstro, considerando-o desnecessário à trama. J.K. Rowling agiu rapidamente, deixando claro que, mesmo que seu papel não fosse tão grande nesse, mais em frente ele seria necessário (como sabemos todos nós que já terminamos de ler a saga, certo?... rs). Uma bela demonstração de como um autor deve cuidar da sua obra (viu C. Paolini, ausente no desastre chamado Eragon...).


Vamos lá membros da ORDEM: preparem suas varinhas e protejam-se de todo e qualquer Dementador que possa cruzar o seu caminho. Amanhã é a vez do príncipe mestiço mostrar as caras por aqui em O ENIGMA DO PRÍNCIPE... ou será que ele continuará incógnito? Abraços...

EXPECTO PATRONUM!!!!!

Obs.: Tenho quase certeza que o meu patrono seria uma Lontra, rs. E o seu?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nosso Bruxinho favorito: PARTE 4


ACCIO FIREBOLT!


Suba em sua vassoura e alce vôo em direção ao quarto capítulo de nossa semana Harry Potter: O CÁLICE DE FOGO! Se até então o mundo bruxo se resumia a Hogwarts, nesse livro descobrimos que não! Existem outras escolas, em outros locais. Durmstrang, um instituto gelado e sinistro e Beauxbatons, academia francesa e meiga.

Do instituto Nórdico surge Victor Krum, que nos é apresentado na final mundial de Quadribol, logo no início do livro, na qual defende a seleção da Bulgária contra a Irlanda. O bruxinho da cicatriz em forma de relâmpago e a família Weasley vão ao evento, que transcorre normalmente até que os Comensais da Morte (seguidores de Voldemort) aparecem e a marca do Lorde das Trevas volta a ser ostentada no céu.

O medo, nesse capítulo da série, é real e imediato. Mas atrelado ao medo gerado pelo retorno dos asseclas de Tom Riddle, temos um grande evento ocorrendo em Hogwarts: chegou a hora de mais um Torneio Tribruxo! Hogwarts, Beauxbatons e Durmstrang se reunem e um campeão de cada uma deve competir em três tarefas difíceis para ver quem é o merecedor do tal troféu. Victor Krum é o escolhido por Durmstrang; a bela (e meia Veela) Fleur Delacour por Beauxbatons; e Cedrico Diggory por Hogwarts... mas em uma virada que surpreende a todos (até mesmo Rony e Hermione) Harry Potter acaba apontado para a competição. Veredicto: serão quatro competidores dessa vez!

Em um enredo envolvendo tarefas incríveis (dragões, mundos submarinos e labirinto amedrontadores acontecem), um novo professor de Defesa Contra a Arte das Trevas Alastor Moody e seu olho mágico (que lhe dá a alcunha de Olho-Tonto), o arroubo do lado amoroso entre os personagens e bailes de gala, tudo nos esconde o que está realmente acontecendo: Voldemort está tentando retornar... O final é triste e carregado, gerando um nó na garganta dos leitores.

Quando o filme chegou aos cinemas, todos esperavam por uma coisa: a primeira aparição de Lord Voldemort em carne e osso... e olhos de serpente e sem nariz! Ver um bom vilão personificado em algo mais real não era tão bom desde Darth Vader. Mike Newell, com Quatro Casamentos e Um Funeral, O Sorriso de Monalisa e Donnie Brasco em seu currículo, recebeu a tarefa de dirigir a produção e saiu-se bem. Talvez não com a mesma maestria de Cuarón no anterior, soube conduzir muito o grande elenco de jovens em suas incursões amorosas. Além disso, todas as tarefas ficaram perfeitas e o interesse de Harry por Cho Chang foi muito bem trabalhado. O talento do diretor em criar situações intimistas a contento foi importante na hora de criar os momentos em que HP se sente abandonado e solitário. Mais um ótimo filme para a cinessérie, que seguia arrasando nas bilheterias.

O primeiro embate entre os dois opostos, Harry e Voldemort é de cair o queixo. O renascer do bruxo das trevas é fantástico! E quando os dois duelam com suas varinhas, toda a audiência se esforça para se defender e chora ao rever os pais de Harry. Emocionante!

Ficamos por aqui hoje. Amanhã é hora de nos credenciarmos como membros da ORDEM DE FÊNIX... Quer dizer, isso se Dumbledore e a senhora Weasley permitirem... Até...

E cuidado para que ninguém te engane usando alguma POÇÃO POLISSUCO!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Nosso Bruxinho favorito: PARTE 3


JURO SOLENEMENTE QUE NÃO PRETENDO FAZER NADA DE BOM!

Pegue o seu mapa do maroto e vamos continuar a saga do bruxinho mais conhecido do mundo: chegamos a O PRISIONEIRO DE AZKABAN. Nessa aventura já se encontra presente no título um novo local para o nosso mapa do mundo bruxo: a prisão de Azkaban, onde Sirius Black cumpre pena por ter entregado o paradeiro dos pais de Harry para que esses acabassem mortos por Lord Voldemort. Ou melhor, cumpria... Ele acaba de escapar e, com toda certeza, virá atrás de Harry, para terminar o serviço de seu mestre.

Considerado por muitos um dos melhores de toda a série, esse livro possui uma história que envolve do começo ao fim. Personagens marcantes aparecem, como Sirius Black, Remus Lupin (o novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas e licantropo!), Bicuço (o hipogrifo assustador/amigo), Sibila Trelawney (professora de Adivinhação que gosta de prever a morte de HP), entre outros. Temos um Harry curioso sobre o seu passado e buscando respostas sobre o que realmente ocorreu com os seus pais.

A trama envolve um objeto super interessante do mundo bruxo: o Vira-Tempo, usado por Hermione para conseguir fazer todas as matérias que deseja, algumas ao mesmo tempo. A forma como o objeto é incorporado à trama em sua parte final é brilhante e, talvez, uma das melhores utilizações de viagem no tempo já feitas. Sem falar no maior dos plot twists de toda a saga, envolvendo um certo rato e um certo maroto supostamente morto.

O livro também possui uma das cenas mais icônicas, ao meu ver, de toda a história, traduzido a contento no filme que o adaptou: o momento em que Harry conquista Bicuço e alça voo por toda Hogwarts é de uma beleza sublime. Lembro de parar a leitura e ficar, durante alguns segundos, imaginando a sensação que o jovem bruxo sentiu nesse momento.

E já que toquei no assunto filme, talvez uma das melhores adaptações de toda a série. Para o lugar do contador de fábulas Chris Columbus, o mago Alfonso Cuarón. Engraçado que, mesmo continuando com o mesmo roteirista (Steve Kloves, que por sinal assina todos os roteiros do bruxinho) o clima da história muda completamente. Sai o colorido sorridente de Columbus e entrão os tons sinistros e um senso de urgência latente, exacerbado pela presença dos Dementadores, seres que com certeza arrepiaram a todos os leitores. Cuarón ajuda os atores mirins a incorporarem seus personagens, conseguindo ótimas atuações, as melhores até então. Nossos amigos bruxos cresceram e isso foi transposto para a tela a contento. Os efeitos sobem um degrau, apresentando os assutadores e encapuzados carceireiros de Azkaban citados acima, além de transformações competentes dos marotos e um Bicuço real, do jeito que está escrito! Esse filme também foi o primeiro em que Michael Gambon assume o papel de Dumbledore após a morte de Richard Harris, o titular dos dois primeiros filmes.


10 estrelas! E como o coral de Hogwarts entoa logo no início, esse filme deixa claro o que vem por aí: Something wicked this way comes!!!!!

Ahhhhhh! Já estava me esquecendo, mas temos nesse livro HOGSMEADE! Quem nunca se imaginou no Três Vassouras pedindo para Madame Rosmerta uma cerveja amanteigada? Ou comprando seus feijõezinhos de todos os sabores na Dedos de Mel? Pois bem, dois companheiros da LIGA, o Homem dos Dados e o Minduim, visitaram nesse final de semana o Parque Temático de Harry Potter em Orlando, e devem ter feito ambas as coisas... Apropriado, não, rs.

Amanhã voltamos com O CÁLICE DE FOGO...

MALFEITO FEITO!


domingo, 10 de julho de 2011

Nosso Bruxinho favorito: PARTES 1 e 2

LUMUS!

Como já é de conhecimento de todos os Pottermaníacos espalhados pelo mundo inteiro, a série que encantou a todos desde 1997, ano do lançamento do primeiro livro, e que já encerrou (será?) seu percurso literário, está chegando ao fim nas telonas também. Com o lançamento de HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - Parte 2, encerra-se a mais lucrativa série de filmes já lançada. Para preparar os ânimos para esse evento que ocorre sexta-feira que vem, dia 15/07, A LIGA resolveu instituir a SEMANA HARRY POTTER. A cada dia visite o blog e encontre um novo texto relacionando o universo literário ao cinematográfico. Hoje começamos com os dois primeiros livros / filmes da série, tudo sem muitos spoilers.

Tudo começou com A PEDRA FILOSOFAL (1997), onde J. K. Rowling nos apresenta a um mundo que se desenvolve sob os nossos olhares de trouxas: o mundo dos bruxos. E não somos só nós que não o conhecemos. Um jovem garoto, à véspera de completar seus 11 anos e vivendo em um armário sob as escadas da casa de seus tios, Harry James Potter recebe a visita do gigante Hagrid e descobre que seus pais eram bruxos e ele, por herança, também o é, e deve dirigir-se à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts para aprender como lidar com seus poderes. Ao longo da história descobrimos a sua importância no cenário bruxo, tendo ele sido o motivo da queda do maior bruxo das trevas, Lord Voldmort. Na escola, ele se depara com o seu jovem nêmesis Draco Malfoy e seus grandes amigos Rony Weasley e Hermione Granger. Eles passam por um sem número de aventuras envolvendo visitas à Floresta Proibida, um professor que não lhe dá descanso (Snape), enfrentamento com um trasgo montanhês, um grande cachorro de três cabeças, um jogo de xadrez mortal além do reaparecimento do Lorde das Trevas.

Já em A CAMARA SECRETA (1998), Harry volta à escola depois de mais um período junto aos familiares trouxas para bater de frente com um enigma: quem está atacando alunos da escola e deixando recados sinistros pelas paredes. O garoto tem que lidar com cobras que falam em sua cabeça, professores se esmerando em tornar sua vida um calhamaço de liçoes (como todo aluno!) além de revisitar o passado da escola e de um dos seus grandes amigos. Nesse livro conhecemos Dobby, o elfo doméstico, Gilderoy Lockhart, um personagem marcante e muito divertido além de uma das feras mais assustadoras do universo Harry Potter (pelo menos ao meu ver...). Mais obscuro que o anterior e carregado de suspense, nesse livro Rowling diz realmente a que veio e nos prende de vez à história do jovem bruxinho. É nesse livro que, na voz de Alvo Dumbledore, ouvimos uma das melhores definições do tema recorrente da série: "São as nossas escolhas, Harry, que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades".

Chris Columbus foi o encarregado pelos duas primeiras adaptações para o cinema e executou um trabalho, para descrever em uma palavra, burocrático. Limitou-se a transportar para a tela o que estava nas páginas, o que para os fãs era um deleite, mas para um leigo talvez parecesse um pouco desconexo. Ou melhor, era como ler um livro: cada cena era um capítulo, separados para um escurecer da tela. Sem falar que sua opção por algo colorido demais tirasse um pouco uma das características mais marcantes da série: a de conquistar crianças, jovens e adultos, por uma dinâmica ao mesmo tempo vibrante e obscura. Mas enfim, os filmes agradaram e levaram uma grande multidão aos cinemas, dando o sinal verde para que as demais produções acontecessem.

Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint foram catapultados ao estrelato e, cercado por um elenco recheado de estrelas britânicas da sétima arte, tiveram a oportunidade de aprender e, como visto nos demais filmes, evoluir. Nesses primeiros se resumem a sorrir, chorar, correr e, em última análise encantar a todos. Poder ver seus heróis materializados na tela nos fazia querer fazer parte de uma das casas. De qual você seria? Sempre me vi como um aluno da Corvinal, "a casa dos que tem a mente sempre aberta, onde os homens de grande espírito e saber encontrarão companheiros seus iguais".

Dois bons livros e dois bons filmes para iniciar a grande série de sucesso. Paramos por aqui hoje. Amanhã continuaremos com O PRISIONEIRO DE AZKABAN. Deixe seu comentário e nos ajude a fazer essa semana voar, como em um jogo de Quadribol, para que possamos capturar o pomo de ouro, o último filme! Até mais...

NOX!