domingo, 13 de fevereiro de 2011

Mutantes polêmicos...


O que é ser diferente? É bom? Ruim? Como as pessoas lidam com aquilo que é diferente?

Quando, em 1963, Stan Lee e Jack Kirby criaram os X-Men, para o selo de HQs MARVEL, levantaram esse debate dentro do mundo dos super-heróis. Determinadas mutações, que normalmente se manifestavam na puberdade (ótima metáfora para as mudanças por que todos passamos nessa época), determinavam características (ou poderes, se preferir) únicos. Duas leituras surgem: serão eles a evolução ou monstros, incapazes de viver em sociedade? E essa premissa rendeu (e rende até hoje) ótimos arcos de história para a equipe de mutantes de Charles Xavier, que defende a coexistência pacífica entre as duas "raças". A característica multicultural da HQ, com personagens de todas as partes do mundo (inclusive Brasil) foi decisivo para angariar uma multidão de fãs.

Toda essa popularidade levou ao inevitável: expansão para TV e cinema. Primeiro com desenhos que fizeram muito sucesso nos idos de 1990, com uma das aberturas/música mais lembrada de todos os tempos...


Em 2000, o cinema assiste ao retumbante sucesso da adaptação de Bryan Singer para as telonas. X-MEN colocou a MARVEL efetivamente nos cinemas (algo que somente a DC conseguira antes) e criou a febre das adaptações de HQ que temos testemunhado nos últimos anos. X2: X-MEN UNITED veio em 2003, e Singer melhorou o que já havia feito no primeiro. Uma ótima história muito bem desenvolvida; personagens vibrantes, que pareciam ter saltado dos quadrinhos para a tela, com profundidade e atitude, e um final que comoveu até aqueles que não conheciam a história da Jean Grey. Em 2006, a controvérsia. Brett Ratner dirigiu X-MEN: THE LAST STAND, depois de a DC ter convencido Bryan Singer a fazer o reboot de Superman. Muitos fãs não gostaram do filme, mas eu, particularmente, acho muito bom. Tem a velocidade e a intensidade das melhores histórias dos mutantes na minha opinião. Enfim, uma grande franquia cinematográfica, que depois deste puxou o freio de mão... até agora!

Na semana que passou, foi divulgado o primeiro trailer de X-MEN: FIRST CLASS. A história usa o panorama dos anos 60 para nos (re)apresentar a Charles Xavier e Erik Lehnsherr e suas diferentes visões de como o mundo deve entender os mutantes. Diversos personagens dão as caras no trailer, como Moira, Mística, Fera, Emma Frost. Até o Clube do Inferno e Sebastian Shaw estão lá. Li muitos comentários sobre o trailer. Uns pediam mais ação. Outros reclamaram do clima do filme, uma espécie de X-men encontra 007. Eu gostei bastante. Achei tenso e denso, com uma premissa muito interessante de usar a crise dos mísseis em Cuba como pano de fundo. Além disso, os últimos trabalhos do diretor Matthew Vaughn (Stardust, Kick-Ass) o credenciam, tornando-o merecedor de um voto de confiança.

O filme será lançado em 3 de junho de 2011. Sei que estarei na fila, para assisti-lo. E você? O que acha do diferente? Como o trataria? Comente o trailer, o post. Deixe suas impressões!

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