quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eragon, O Senhor dos Dragões que não aconteceu

o bacana teaser poster que não remetia ao filme pronto
Hollywood vira e mexe perde uma oportunidade de lançar um filme que todos esperam, seja original ou baseado em outra coisa. E há vários exemplos, como a atual "pulga atrás da orelha" com o primeiro filme do "Lanterna Verde", que todos esperam e imaginam, mas teve um primeiro trailer (lançado há poucas semanas) recebido cheio de dúvidas. E vamos falar exatamente das adaptações que tinham tudo para se tornarem cinesséries e não foram o que esperavam, acabando com qualquer chance de continuidade.
Em 2005, a Fox comprou os direitos de adaptação da saga "Ciclo da herança" (que até aquele momento era uma trilogia) do jovem escritor Christopher Paolini. Os livros narram a transformação do adolescente Eragon num grande cavaleiro de dragões capaz de salvar todo um reino. A ambientação medieval da história e a relação telepática do menino com sua dragão haviam conquistado fãs e prateleiras em todos os países onde os livros foram lançados, e havia uma clara comparação com a trilogia "Senhor dos Anéis", que havia tido um grande êxito nos cinemas. Pois os primeiros trabalhos de marketing da Fox em cima do filme de "Eragon" (o primeiro livro) tinham tudo a ver com "Senhor dos Anéis" (da New Line), desde elenco até datas de lançamento, e a imprensa abraçou a comparação. Mas ao chegar aos cinemas, algo deu errado.
A crítica mundial espezinhou o filme de todas as maneiras, lembrando que o filme não tinha profundidade e nenhuma das nuances do livro. E a bilheteria de 250 milhões de dólares no mundo todo não garantiram a produção de uma continuação. Mas o problema talvez fosse contratar um diretor de primeira viagem que só tinha experiência com efeitos visuais (a dragão Safira do filme é digital),o fato do livro se ater a muitos detalhes e realmente poucos momentos de ação, e/ou o autor do livro não ter tido um controle criativo da adaptação como o que J.K.Rowling da saga "Harry Potter" teve. O fato é que o filme perdeu uma oportunidade que a saga "Crepúsculo" soube explorar, a relação brutal e ao mesmo tempo delicada de seus protagonistas, se preocupando mais com (enfadonhas) cenas de ação e mudanças na trama (que seriam sentidas nas continuações) a fim do filme ser somente sobre Eragon, anulando a relevância dos outros personagens.
Melhor êxito, no mesmo tema, teve a Dreamworks que lançou como quem não quer nada a animação "Como treinar seu dragão" (baseado numa série de pequenos livros infantis) e já garantiu duas continuações. Este sim, se fosse mais violento, um exemplo do que poderia ser "Eragon".

Um comentário:

  1. Antes do lançamento do filme tentei reler o primeiro livro (já li os 3 lançados) e cheguei à conclusão de que talvez o próprio material gerador apresente problemas para ser adaptado. Não é tão bom quanto parece da primeira vez que se lê...

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