Em tempos em que até no Jornal Nacional ouvimos notícia sobre o suposto estupro dentro do Big Brother Brasil, o conceito dos reality shows (programas de realidade) fica entre a dúvida do scritpt e o que isso agrega à sociedade. O que sabemos até agora é que o público gosta de acompanhar a intimidade alheia. E que tal um reality show sobre política?
"O Brado Retumbante" é uma minissérie em 8 episódios que estreou ontem (dia 17) na Globo, justamente após o BBB, e mostra os bastidores de Brasília. Escrita por Euclydes Marinho, com colaboração de Nelson Motta, Denise Bandeira e Guilherme Fiuza, a trama esbanja referências reais disfarçadas de ficção.
"O Presidente Acidental", primeiro episódio, começa com políticos de diversas esferas se reunindo para escolher um 'laranja' com pouco poder para se tornar presidente da Câmara. Começar por uma cena que mostra políticos nessa intimidade que só conhecemos por escândalos de câmeras escondidas já mostra o que veremos por todos os episódios. Paulo Ventura, interpretado com vigor e técnica pela revelação Domingos Montagner, é o deputado federal escolhido como 'laranja'. O que vemos depois é que Paulo tem ética correndo por suas veias, e muitos problemas pessoais. Ele tem perigosos casos extraconjugais, vive uma crise com a esposa Vitória vivida com segurança por Maria Fernanda Cândido, um problema sério a resolver com o filho transexual, e descontrole no uso do álcool.
Então o presidente e vice-presidente da República fazem uma viagem de helicóptero até a Bacia de Campos, e desaparecem. O presidente da Câmara então repentinamente se torna o Presidente da República, e pretende fazer uma faxina na política do país. Claro que a política é pano de fundo pra jornada de Paulo Ventura, e será que seu brado retumbante, será mais retumbante que o dos vilões?
Repleta de diálogos espertos, como quando uma repórter pergunta pra Vitória se ela continuará a dar aulas agora que é Primeira Dama, e ela responde que Primeira Dama não é profissão, também vemos uma Brasília fantasiosa (mas nem tanto) quando descobrimos que existe o Ministério da Criança, Ministério do Adolescente, Ministério da Pesca Naval, Ministério da Igualdade Racial, Ministério da Diversidade Racial, etc. O embate político de fato começa num banheiro onde o agora Presidente Paulo Ventura deixa claro para o ministro da Justiça Floriano Pedreira (um interessante José Wilker) que pretende acabar com a farra deles.
Um dos detalhes que afastam a minissérie da realidade, e ainda ajudam a equipe a economizar na replicação de lugares, é que a sede do governo está no Rio de Janeiro. Com isso o Palácio do Governo ganha uma sala presidencial com dramáticas janelas viradas pra Baía de Guanabara.
Dirigido por Gustavo Fernandez, com direção de núcleo de Ricardo Waddington, os mesmos que fizeram "A Cura", a fotografia cinematográfica, a câmera subjetiva e as cenas longas ajudam a compor uma minissérie cheia de atitude que ainda está começando.
"O Brado Retumbante" é uma minissérie em 8 episódios que estreou ontem (dia 17) na Globo, justamente após o BBB, e mostra os bastidores de Brasília. Escrita por Euclydes Marinho, com colaboração de Nelson Motta, Denise Bandeira e Guilherme Fiuza, a trama esbanja referências reais disfarçadas de ficção.
Os atores principais |
"O Presidente Acidental", primeiro episódio, começa com políticos de diversas esferas se reunindo para escolher um 'laranja' com pouco poder para se tornar presidente da Câmara. Começar por uma cena que mostra políticos nessa intimidade que só conhecemos por escândalos de câmeras escondidas já mostra o que veremos por todos os episódios. Paulo Ventura, interpretado com vigor e técnica pela revelação Domingos Montagner, é o deputado federal escolhido como 'laranja'. O que vemos depois é que Paulo tem ética correndo por suas veias, e muitos problemas pessoais. Ele tem perigosos casos extraconjugais, vive uma crise com a esposa Vitória vivida com segurança por Maria Fernanda Cândido, um problema sério a resolver com o filho transexual, e descontrole no uso do álcool.
A cantora baiana Alinne Rosa vive uma das amantes |
Repleta de diálogos espertos, como quando uma repórter pergunta pra Vitória se ela continuará a dar aulas agora que é Primeira Dama, e ela responde que Primeira Dama não é profissão, também vemos uma Brasília fantasiosa (mas nem tanto) quando descobrimos que existe o Ministério da Criança, Ministério do Adolescente, Ministério da Pesca Naval, Ministério da Igualdade Racial, Ministério da Diversidade Racial, etc. O embate político de fato começa num banheiro onde o agora Presidente Paulo Ventura deixa claro para o ministro da Justiça Floriano Pedreira (um interessante José Wilker) que pretende acabar com a farra deles.
Já vimos isso, não? |
Um dos detalhes que afastam a minissérie da realidade, e ainda ajudam a equipe a economizar na replicação de lugares, é que a sede do governo está no Rio de Janeiro. Com isso o Palácio do Governo ganha uma sala presidencial com dramáticas janelas viradas pra Baía de Guanabara.
Dirigido por Gustavo Fernandez, com direção de núcleo de Ricardo Waddington, os mesmos que fizeram "A Cura", a fotografia cinematográfica, a câmera subjetiva e as cenas longas ajudam a compor uma minissérie cheia de atitude que ainda está começando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário