terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O Dr. Albieri já sabia...!


Beth é uma policial que está sendo investigada. Ela vai até uma estação de trem, coloca sua bolsa no chão, retira os sapatos e fita o trilhos. Sarah observa a estranha atitude da policial e se aproxima. Só tem o tempo de olhar o rosto da mulher antes que essa se jogue na frente do trem que chega. Beth está morta; Sarah, embasbacada. As duas são idênticas! Curiosa e sem ter como falar com sua imagem espelhada, Sarah pega a bolsa da mulher e some da estação... e embarca na ótima trama de Orphan Black (2013), série fruto da parceria das canadenses Temple Street Productions e Space e da BBC America que estreou semana passada no Netflilx.

Sarah é uma jovem rebelde e desajustada que está retornando para casa quando tudo isso acontece. Ela tem uma pequena filha da qual quer se aproximar, um antigo namorado, Vic, de quem quer se afastar, e um grande amigo, Felix, com quem pode contar. A situação citada no parágrafo anterior é só o começo dessa estória, que teve 10 episódios em sua primeira temporada e já tem a sua segunda temporada confirmadíssima para abril nos EUA.



É uma produção focada em um enredo de surpresas e traições/descobertas. Aos poucos surgem cópias de Sarah, na verdade clones, que trazem à tona a excelente atriz escolhida como protagonista(s): Tatiana Maslany! Impressionante como ela consegue alternar entre as personagens e criar características e cacoetes próprios de cada uma. Fica fácil acreditar na trama dessa forma, e cada episódio termina com um pequeno aumento na queda do queixo.

Com reviravoltas interessantes, personagens autênticos e uma fotografia crua e realista, essa ficção científica ganha contornos ora de ação, ora de policial, o que só a torna mais interessante. Sarah é falível, o que nos faz questionar certas decisões e até nos apegarmos a uma ou outra personagem (mais uma vez: méritos para a brilhante construção de Maslany).



As explicações científicas funcionam de forma coerente no universo da série, mas um pequeno apêndice que determinado personagem possui acaba destoando um pouco do tom da série. Soa bizarro, mas não chega a atrapalhar o andamento das coisas.

A TV já sentia falta de uma série como essa. Talvez desde Dark Angel não existisse uma personagem feminina tão forte e rebelde... Ou seriam personagens? Bom, é só conferir! Orphan Black faria o Dr. Albieri muito feliz!



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