Brás de Oliva Domingos é um escritor de obituários. Escreve, portanto, textos sobre pessoas que faleceram, procurando confortar os que ficaram e informar, mesmo que de forma suscinta, um pouco do que aquela pessoa realizou durante a sua vida. Com esse mote, os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá obtiveram um sucesso surpreendente nos EUA em sua primeira HQ para o selo Vertigo da DC: Daytripper.
Lançada em 2010 nos EUA e em 2011 no Brasil, a série, dividida em 10 edições, apresenta em cada um de seus números um momento na vida do protagonista, Brás. Conhecemos sua família e, aos poucos, vemos ser montada em nossa frente a vida de um indivíduo: seus anseios e dúvidas, suas escolhas e, principalmente, como determinadas situações podem mudar o curso de uma existência.
A metalinguagem é de uma beleza ímpar: um jornalista preocupado com os detalhes da vida das pessoas, esparrama pelas páginas suas emoções, suas neuras e seus fantasmas, bem como suas felicidades e suas realizações. Reflexiva, essa é uma HQ que resiste em sua mente, mesmo depois do fim de um dos capítulos. A beleza da arte, já característica do trabalho dos irmãos, só oferece uma imersão ainda maior. O roteiro, brilhantemente delineado em diálogos bem escolhidos, ressoa em meio a imagens de pura contemplação. Aliás, as imagens são um capítulo à parte, principalmente se você é morador ou conhece a cidade de São Paulo. O Municipal, o edifício Martinelli, o hospital Santa Catarina, sem falar em um acontecimento em especial que foi muito abordado pela imprensa nacional, criam uma ligação afetiva com a trama.
Um trabalho autoral belíssimo, de uma competência já demonstrada antes na série 10 Pãezinhos, na adaptação de O Alienista para os quadrinhos, na tira semanal Quase Nada que eles tem na Folha de São Paulo ou mesmo na parceria de Gabriel Bá com Gerard Way na HQ The Umbrella Academy. Foram reconhecidos pela crítica e agraciados com vários prêmios, entre eles o Eisner Awards em 2011, como melhor mini-série.
Não deixe de partilhar dessa experiência única: Daytripper já está disponível no Brasil há algum tempo, com uma edição completa, contendo as 10 edições. Leia e sinta orgulho de dois brasileiros que, por seu mérito, conseguiram visibilidade e elogios à sua arte. Sim, os quadrinhos nacionais crescem cada vez mais. E isso é muito bom!
Lançada em 2010 nos EUA e em 2011 no Brasil, a série, dividida em 10 edições, apresenta em cada um de seus números um momento na vida do protagonista, Brás. Conhecemos sua família e, aos poucos, vemos ser montada em nossa frente a vida de um indivíduo: seus anseios e dúvidas, suas escolhas e, principalmente, como determinadas situações podem mudar o curso de uma existência.
A metalinguagem é de uma beleza ímpar: um jornalista preocupado com os detalhes da vida das pessoas, esparrama pelas páginas suas emoções, suas neuras e seus fantasmas, bem como suas felicidades e suas realizações. Reflexiva, essa é uma HQ que resiste em sua mente, mesmo depois do fim de um dos capítulos. A beleza da arte, já característica do trabalho dos irmãos, só oferece uma imersão ainda maior. O roteiro, brilhantemente delineado em diálogos bem escolhidos, ressoa em meio a imagens de pura contemplação. Aliás, as imagens são um capítulo à parte, principalmente se você é morador ou conhece a cidade de São Paulo. O Municipal, o edifício Martinelli, o hospital Santa Catarina, sem falar em um acontecimento em especial que foi muito abordado pela imprensa nacional, criam uma ligação afetiva com a trama.
Um trabalho autoral belíssimo, de uma competência já demonstrada antes na série 10 Pãezinhos, na adaptação de O Alienista para os quadrinhos, na tira semanal Quase Nada que eles tem na Folha de São Paulo ou mesmo na parceria de Gabriel Bá com Gerard Way na HQ The Umbrella Academy. Foram reconhecidos pela crítica e agraciados com vários prêmios, entre eles o Eisner Awards em 2011, como melhor mini-série.
Não deixe de partilhar dessa experiência única: Daytripper já está disponível no Brasil há algum tempo, com uma edição completa, contendo as 10 edições. Leia e sinta orgulho de dois brasileiros que, por seu mérito, conseguiram visibilidade e elogios à sua arte. Sim, os quadrinhos nacionais crescem cada vez mais. E isso é muito bom!
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